Ibovespa segue registrando queda refletindo crise fiscal na Europa

SÃO PAULO - O Ibovespa registra queda de 1,56% no início da tarde desta segunda-feira (11) e atinge 60.557 pontos com volume financeiro de R$ 1,689 bilhão até o momento, acompanhando o clima negativo que tomou o mercado desde o início da sessão, principalmente em razão do aumento da percepção de risco com a crise fiscal na Europa.
 
Desta vez, o principal fator de pressão sobre os mercado teve origem na Itália, que em razão das disputas políticas internas vê em xeque a aplicação de seu plano de austeridade anunciado em 2010.
 
Como consequência, os principais líderes da União Europeia estão reunidos em Bruxelas em um encontro emergencial para avaliar a deterioração fiscal do país, além de, é claro, avaliar a grave situação da Grécia.

Sem agenda relevante em Wall Street, naturalmente o noticiário negativo do Velho Mundo ganha ainda mais peso sobre os mercados, e por aqui não é diferente, embora investidores e analistas também tenham como referência novos números de inflação.

Nesta manhã o IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado) apontou deflação de 0,21% na primeira prévia de julho, taxa 0,12 ponto percentual menor do que a apurada no mesmo período do mês anterior.

Mesmo assim, o relatório Focus desta semana elevou projeções para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) e para a Selic, que segundo a mediana das projeções dos economistas ouvidos deverá registrar taxa de 0,20% em junho, ao passo que no acumulado do ano, a variação seria de 6,31%, com taxa básica de juro fechando 2011 a 12,75%.

Altas e baixas
O principal destaque negativo fica com as ações MMX Mineração (MMXM3), que registram desvalorização de 4,26% e são cotadas a R$ 8,54. Com essa variação, a baixa acumulada desde o início do ano chega a -23,95%.

Dentre as small caps o destaque novamente fica por conta das ações da Mundial (MNDL4) que avançam 14,66% até o momento, fazendo com que a valorização acumulada em um ano chegue a incríveis 1278,95%

Na outra ponta, o melhor desempenho fica com os papéis Telesp (TLPP4), que são cotados a R$ 45,33 e apresentam alta de 2,09%, seguidas por CCR (CCRO3) e Sabesp (SBSP3).

As maiores baixas dentre as ações que compõem o Ibovespa são:










As maiores altas dentre as ações que compõem o Ibovespa são:











Bolsas internacionais
Nos EUA, os principais índices operam em baixa em dia de agenda escassa de indicadores econômicos, pressionados por notícias vindas do continente europeu, conforme já citado acima.

Pelas mesmas razões, os índices de ações europeus seguem trajetória semelhante, onde se observam maiores perdas no sistema bancário italiano, com destaque negativo para as ações do Intesa Sanpaolo (-2,42%) e do Banca Popolare di Milano (-1,24%).

Juros e câmbio
As taxas dos principais contratos de juros futuros operam sem tendência definida na BM&F, alternando entre a estabilidade e queda, com atenção dos agentes aos indicadores de inflação em elevação, além da situação externa que aumenta a aversão ao risco do investidor e contamina o mercado doméstico.

Já o dólar comercial marca forte valorização de 0,96%, cotado a R$ 1,5800 na venda. A moeda norte-americana é impulsionada pelos temores dos investidores com o atual cenário econômico e os investidores também repercutem as novas projeções para a economia e as medidas do Governo para o câmbio.

Com a variação desta segunda-feira, a moeda norte-americana registra alta de 1,09% neste mês de julho, porém uma desvalorização de 5,23% desde o início do ano.

Fonte: InfoMoney