Falta de rumo sobre a dívida americana derruba Wall Street


Os principais índices acionários de Wall Street encerraram o pregão desta segunda-feira em queda por conta da discussão em torno do aumento do teto da dívida dos Estados Unidos e um possível corte de gastos para tentar conter o déficit do país.


Ao final desta jornada, o índice industrial Dow Jones caiu 0,70% aos 12.592 pontos. O S&P 500 recuou 0,56% para 1.337 pontos; e a bolsa eletrônica Nasdaq perdeu 0,56% aos 2.842 pontos.

No campo corporativo, o destaque ficou com as ações da Kimberly-Clark (-2,12% a US$ 66,46).

Na agenda de resultados, a Kimberly-Clark teve lucro líquido menor de 18%, para US$ 408 milhões ou US$ 1,03 por ação no segundo trimestre, contra os US$ 498 milhões, ou US$ 1,20 por ação, um ano antes.

No entanto, as vendas subiram 8,3% para US$ 5,26 bilhões, superando previsões de analistas de US$ 5,13 bilhões.

Na agenda local, o índice de atividade industrial do Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) de Chicago (CFNA, na sigla em inglês) caiu para -0,46 em junho, ante 0,55 em maio. O índice segue negativo pelo terceiro mês consecutivo.

Já o índice da atividade manufatureira de Dallas subiu para 10,8 pontos em julho, ante 5,6 pontos registrados em junho, segundo informações do Federal Reserve da cidade (Fed, o banco central norte-americano).

As projeções do mercado previam queda para 7,2 pontos neste mês (previsão Gradual Investimentos).

O  índice que mede a produção passou de 5,6 pontos em junho, para 10,8 pontos neste mês, enquanto que a capacidade utilizada das indústrias foi de -0,8 pontos para 0,6 pontos.

A reunião entre o presidente Barack Obama e os líderes democratas no Congresso, encerrada às 20h04 (horário de Brasília) do último domingo terminou sem acordo. A Casa Branca não forneceu detalhes do encontro.

Após o encontro, o presidente da Câmara de Representantes dos EUA, o republicano John Boehner, disse aos membros de seu partido que pressionará para seguir adiante com seu plano para aumentar o teto da dívida em duas fases, opção que o presidente americano, Barack Obama, rejeita.

O governante americano se opõe ao que chamou de uma solução a "curto prazo" para estender o limite da dívida, por considerar que não é suficiente para dar segurança aos mercados.

Há pouco, republicanos e democratas apresentaram dois planos paralelos de corte de despesas para concluir as negociações sobre a alta do teto da dívida de US$ 14,29 trilhões e evitar assim a entrada em moratória dos Estados Unidos antes de 2 de agosto.

O líder da maioria democrata no Senado, Harry Reid, apresentou um novo plano de corte da despesa de US$ 2,7 trilhões nos próximos 10 anos, que qualificou como "uma proposta que os republicanos não podem rejeitar".

Por sua vez, os republicanos, liderados pelo presidente da Câmara de Representantes, John Boehner, fizeram o mesmo com uma proposta projetada em duas fases e que tem como meta cortar o gasto público em US$ 3 trilhões no total para os próximos 10 anos

No Velho Continente não houve a divulgação de indicadores econômicos. 

Fonte: Último Instante