Dólar inicia a semana em baixa, mas situação nos EUA e Grécia segue no radar

SÃO PAULO - Na manhã desta segunda-feira(25), no contra-fluxo dos mercado externos, o dólar opera em queda de 0,32%, cotado à R$ 1, 5480 na venda.

Tendo em vista as péssimas notícias no exterior, como o rebaixamento dorating da Grécia pela agência de classificação de risco Moody's e os EUA sem conseguir um acordo sobre o teto de sua divida pública, o caminho natural seria a valorização da divisa norte americana também no Brasil, já que em relação à principais moedas internacionais, o movimento é de apreciação.

Neste sentido, o mercado intensifica suas expectativas em relação à novas medidas cambiais promovidas pelo Governo brasileiro, pois teme-se que a moeda norte americana já esteja precificada por aqui e “insensível” às movimentações externas.

Analistas acreditam que, ao longo do dia, o dólar se aprecie frente às demais moedas, refletindo melhor o anúncio de mais um rebaixamento da classificação de risco da dívida soberana grega e o aumento da tensão por conta do impasse em relação ao teto da dívida norte-americana - indefinida neste fim de semana.

“Com isso, acreditamos que os mercados domésticos sigam a mesma direção da abertura internacional, fazendo com que o real perca valor frente ao dólar durante o pregão de hoje” explicam.

Fique de olho na Balança Comercial
Diante da ausência de indicadores na cena externa, a agenda doméstica desta segunda centra a atenção dos investidores. Sendo assim, o destaque fica por conta da divulgação, no meio da manhã, da balança comercial, pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

Mais cedo, tivemos a divulgação do IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor - Semanal) que marcou taxa negativa de 0,11% na quarta semana de julho, terminada no último dia 22. Essa taxa indica uma variação 0,02 ponto percentual maior que a registrada na semana anterior.

Foi também divulgado nesta segunda o relatório Focus. Entre as expectativas dos economistas ouvidos pelo Banco Central, destaque para a inflação medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor - Amplo), cuja mediana se manteve em 0,20%, e a taxa Selic, em 12,75% ao ano.
 
Fonte: InfoMoney