Bolsas europeias fecham em alta em meio aos sinais positivos dos EUA e do BCE

SÃO PAULO - Diante dos sinais favoráveis emitidos pelo BCE (Banco Central Europeu) e pelos Estados Unidos, os principais índices acionários europeus reagiram nesta quinta-feira (7) e fecharam com significativas altas. Noticiário corporativo também serviu de gatilho para a valorização de algumas ações do velho continente.
 
O FTSE 100, da bolsa de Londres, apresentou alta de 0,86%, atingindo 6.054 pontos, enquanto o CAC 40, da bolsa de Paris, encerrou em elevação de 0,47% a 3.979 pontos. O DAX 30, da bolsa de Frankfurt, valorizou 0,54% ficando em 7.471 pontos, ao passo que o SMI de Zurique subiu 0,51%, indo para os 6.211 pontos. Já os índices acionários de Madri (IBEX 35) e de Milão (FTSE MIB) tiveram queda de 0,08% e 0,24%, respectivamente.

BCE reforça ajuda à Grécia e Portugal
Dentro do esperado pelo mercado, o BCE elevou a taxa básica de juro na Zona do Euro em 0,25 ponto percentual, de 1,25% para 1,50% ao ano. Após a decisão, o presidente da autoridade monetária do continente, Jean-Claude Trichet, disse em entrevista coletiva que o BCE está, até aqui, irredutível nas negociações sobre o futuro da Grécia, que envolvem o banco, o grupo dos ministros de finanças europeus e o FMI (Fundo Monetário Internacional).

Trichet falou ainda que deverá suspender algumas regras para ajudar Portugal - outra economia europeia que tem passado por apuros recentemente - a ter acesso ao fundo emergencial.

A quinta-feira também contou com a reunião do BoE (Bank of England), que optou por manter a taxa básica de juro em 0,5% ao ano, além de não alterar o programa de compra de ativos de £ 200 bilhões, como o previsto pelo mercado. A taxa permanece nesta patamar desde março de 2009.

Destaques corporativos
Na ponta positiva do FTSE 100, destaque para as ações da mineradora Antofagasta, que liderou os ganhos no índice londrino com alta de 3,76%. Outras produtoras da commodity também fecharam com significativa valorização, como é o caso da Kazakhmys (+3,08%) e da Rio Tinto (+2,26%).

Ainda em Londres, também ganhou evidência a Man Group, que viu seus ativos subirem 3,56% - a segunda maior alta do FTSE 100. A maior gestora de hedge funds do mundo anunciou que o montante de ativos sob gestão em seus fundos aumentaram em US$ 71 bilhões entre abril e junho, com uma captação líquida de US$ 3,7 bilhões.

Também ganhando espaço no noticiário corporativo, a Deutsche Boerse viu suas ações subirem 2,4% em Frankfurt, após os acionistas da NYSE Euronext terem aprovado a oferta de aquisição de US$ 9,4 bilhões feita pela administradora da bolsa alemã.

O noticiário corporativo da sessão, contudo, não foi apenas motivo para valorização das ações. Principal destaque negativo do DAX 30 neste pregão, as ações da Thyssenkrupp desabaram 5,15%, fechando a € 32,96, após a siderúrgica anunciar a venda de uma fatia de 9,6% de seu capital social pelo valor de € 32,95 por ação.

Agenda favorável nos EUA
Nos Estados Unidos, o ADP Employment Report mostrou que houve a abertura de 157 mil vagas de postos de trabalho no setor privado do país foram abertas 157 mil vagas em junho. Outro dado divulgado no país, foi que o número de pedidos de auxílio-desemprego foi melhor que da última semana, registrando total de 418 mil novos pedidos na semana até 2 de julho.

Confira o fechamento dos principais índices acionários europeus:




Fonte: InfoMoney