Bolsas de Wall Street caem forte, com foco em notícias do velho continente

SÃO PAULO – Os principais indices acionários norte-americanos amargam perdas superiores a 1% nesta segunda-feira (11), diante de mais temores vindos da Zona do Euro, desta vez tendo como protagonista a Itália. Em meio à agenda econômica escassa de indicadores, os investidores também avaliam o noticiário corporativo, em sessão que também marca o início da temporada de resultados corporativos internos.

Diante disso, o índice Nasdaq Composite, que concentra as ações de tecnologia, opera em desvalorização de 1,96% e atinge 2.804 pontos. O S&P 500, que engloba as 500 principais empresas dos EUA, negocia em baixa de 1,74% a 1.320 pontos, enquanto o Dow Jones, que mede o desempenho das 30 principais blue chips norte-americanas, cai 1,21%, chegando a 12.504 pontos.

Bancos e petrolíferas destacam entre as perdas
Diante de uma sessão cautelosa com os últimos acontecimentos na Zona do Euro, as ações do setor financeiro registram as principais perdas do pregão. Destaque para o Bank of America Merrill Lynch (-2,9%), uma das maiores quedas do Dow Jones. JP Morgan (-2,70%), Citigroup (-3,33%), Morgan Stanley (-2,87%) e Goldman Sachs (-1,65%) também aparecem na ponta negativa.

O receio de aprofundamento da crise na Europa e a quedas das importações chinesas também derrubam os preços do petróleo. Com isso, ações da Chevron (-1,53%), Exxon Mobill (-0,57%) e ConocoPhillips (-1,21%) também operam no vermelho.

Recomendações e temporada de resultados
Ainda no front corporativo, as ações da Caterpillar (-2,30%) recuam, mesmo após o JPMorgan retomar a sua cobertura com recomendação overweight (desempenho acima do mercado). As quedas são acompanhadas dos papéis da  Amazon.com , que perdem 2,89%, mesmo depois da casa de research Benchmark elevar seu preço-alvo de US$ 212 para $ 246.

A sessão desta segunda tem como destaque ainda o início da temporada de divulgação de resultados das empresas relativos ao segundo trimestre de 2011, com a divulgação do resultados da Alcoa (-2,44%) previstas para após o fechamento.

Itália ganha destaque na sessão
Os investidores seguem atentos na sessão nos países que formam os PIIGS (Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha), principalmente na Itália, em razão do temor de contágio da crise fiscal que assola a periferia do continente. Aliado a isso, foi convocada uma reunião para esta tarde com os principais líderes da União Europeia em Bruxelas. Contudo, os membros da reunião afirmam que a economia italiana não estará entre as questões a serem debatidas no encontro.

A atenção para a Itália, terceira maior economia da Zona do Euro, deve-se ao fato de que mesmo com o chamado "esforço de consolidação fiscal", lançado em 2010 e responsável por estipular o corte de € 21,5 bilhões nos próximos anos, o país ainda enfrenta os reflexos da dificuldade de implantação do projeto, especialmente por crises deflagradas dentro do governo de Silvio Berlusconi.

Enquanto isso, nos EUA...
Os líderes do congresso e o presidente Barack Obama continuarão o debate para resolução do impasse sobre novo teto da dívida externa, a fim de evitar um default do país. Para a nova diretora-presidente do FMI, Christine Lagarde, um calote norte-americano afetaria todas as economias mundiais.

Acompanhe o desempenho dos principais índices norte-americanos nesta segunda-feira:







Fonte: InfoMoney