SÃO PAULO - O setor público brasileiro apresentou um superávit primário de R$ 13,4 bilhões durante o mês de junho, mostraram os dados divulgados pelo Banco Central nesta sexta-feira (29), em sua Nota de Política Fiscal. O número representa um forte avanço frente a maio, quando houve resultado primário positivo de R$ 7,506 bilhões.

Além disto, o Governo Central registrou superávit de R$ 9,7 bilhões, os governos regionais de R$ 3,1 bilhões, e as empresas estatais de R$ 575 milhões.

O superávit primário do setor público acumulado no primeiro semestre atingiu R$ 78,2 bilhões (3,99% do PIB - Produto Interno Bruto), comparativamente a R$ 42,1 bilhões (2,41% do PIB) no mesmo período do ano anterior.

No acumulado em doze meses até junho, o superávit alcançou R$ 137,8 bilhões (3,54% do PIB), ante R$ 126,6 bilhões (3,29% do PIB) no acumulado até maio.

Juros e resultado nominal
Os juros nominais atingiram R$ 19 bilhões em junho, redução de R$ 3,2 bilhões em relação a maio. Segundo nota do BC, contribuiu para o recuo, o menor número de dias úteis e a desaceleração dos índices de preços.

No ano, os juros apropriados atingiram R$ 119,7 bilhões (6,12% do PIB), elevando-se 0,83 p.p. do PIB em relação ao primeiro semestre de 2010.

Ainda conforme a instituição, essa evolução foi influenciada pela maior variação do IPCA e pelo patamar mais elevado da taxa Selic acumulada no ano, indicadores que incidem sobre parcela expressiva dos títulos federais. No acumulado em doze meses até junho, os juros nominais alcançaram R$ 222,9 bilhões (5,73% do PIB).

O resultado nominal, que inclui o superávit primário e os juros nominais apropriados, apontou déficit de R$ 5,6 bilhões em junho. No acumulado no semestre, o déficit nominal alcançou R$ 41,6 bilhões (2,12% do PIB), reduzindo-se 0,75 p.p. do PIB em relação ao mesmo período de 2010. No acumulado em doze meses, o índice registrou-se déficit de R$ 85,1 bilhões (2,19% do PIB).

A tabela abaixo compara a evolução da necessidade de financiamento do setor público em junho de 2011, com aquela registrada no período anterior.

Fonte: InfoMoney