SÃO PAULO – Os principais índices acionários de Wall Street encerraram o pregão desta terça-feira (21) no campo positivo, refletindo o otimismo dos investidores de que a Grécia conseguirá evitar o default de sua dívida. Além disso, o setor imobiliário foi beneficiado por dados sobre vendas de casas nos EUA, que vieram melhor que o esperado pelo mercado. Bancos e techs também subiram na sessão.

O índice Nasdaq Composite, que concentra as ações de tecnologia, fechou em alta de 2,19% a 2.687 pontos, acumulando no ano alta de 1,30%. O S&P 500, que engloba as 500 principais empresas dos EUA, encerrou o pregão em valorização de 1,34% atingindo 1.296 pontos e subindo 3,01% no ano, enquanto o Dow Jones, que mede o desempenho das 30 principais blue chips norte-americanas, apresentou alta de 0,91% chegando a 12.190 pontos e acumulando no ano forte alta de 5,29%

Grécia baliza cenário
A Grécia permaneceu no foco das atenções nesta terça. Os investidores continuam na expectativa de que o país consiga garantir o pagamento de suas obrigações. Segundo noticiado pelas principais agências internacionais, membros do FMI (Fundo Monetário Internacional) e da União Europeia chegaram a Atenas para discutir as mudanças no pacote de reformas.

O primeiro-ministro da Grécia, George Papandreou, juntamente com o gabinete recém constituído do governo, tenta obter no congresso uma moção de confiança dos parlamentares, fator considerado fundamental para garantir o suporte político à aprovação das impopulares medidas de austeridade fiscal - o pacote gira em torno € 28 bilhões em aumento de impostos e cortes de gastos públicos.

Setor imobiliário
O setor imobiliário fechou o dia com ganhos, com destaque para as construtoras Pulte (+2,33%) e Toll Brothers (+1,38%). O Existing Home Sales, índice que mede a venda de imóveis usados nos EUA, superou a expectativa do mercado ao atingir a marca de 4,81 milhões de vendas em maio.

Bancos e techs também subiram
O setor financeiro fechou em alta com o otimismo do mercado sobre a melhora da crise na Grécia. Com isso, o Bank of America avançou 2,17%, acompanhado do Wells Fargo (+1,89%), Citigroup (+2,99%) e JP Morgan Chase (+1,06%) - que avançou mesmo com o anúncio de uma multa de US$ 154 milhões da SEC (Securities and Exchange Comission) sobre transações do banco com hipotecas.

No setor de tecnologia, o Oppenheimer reduziu o preço-alvo da Apple de US$ 450 para US$ 420, citando possíveis atrasos da empresa no lançamento do iPhone 5, o que levaria à desaceleração das vendas no mês de setembro. Apesar disso, a companhia registrou ganhos de 3,17%.

Já Research In Motion saltou 10,27% após sucessivas quedas, enquanto a Nokia registrou ganho de 3,59%, depois de apresentar um novo smartphone, que utiliza um software que a empresa havia planejado interromper a produção.

Já os papéis da Best Buy ganharam 2,66%, após a companhia concordar em aumentar o dividendo trimestral em 7% e aprovar um plano de recompra por US$ 5 bilhões em ações ordinárias.

Outros destaques corporativos
Após o pedido de US$ 1,7 bilhão da Qatar Airways, a Boieng (-0,72%) vem colhendo os frutos em meio à feira International Paris Air Show. A companhia anunciou a encomenda de 8 jatos 777-300ER pela Aeroflot Russian Airlines e de 15 aviões 737-800 pela Norwegian Air Shuttle.

Por fim, as ações da Walgreen recuaram 4,21%, depois de a companhia afirmar que as negociações para renovar seu contrato para fazer parte da rede de provedor Express Scripts não se concretizaram. 

Confira o desempenho dos principais índices acionários norte-americanos:

Fonte: InfoMoney