Radar: acompanhe algumas das principais oscilações na bolsa nesta quarta-feira

SÃO PAULO – O Ibovespa segue com  leve queda de 0,20%  no pregão desta quarta-feira (8), seguindo o desempenho do mercado externo. No front corporativo, as ações de petrolíferas têm os maiores ganhos, na esteira da alta do petróleo, enquanto a  BR Foods lidera as perdas do dia.


Nos Estados Unidos, Ben Bernanke, presidente do Federal Reserve, iniciou um discurso nos minutos finais da sessão de terça-feira e se mostrou frustrado com o desempenho da economia norte-americana no primeiro semestre. Bernanke não indicou a adoção de nenhum estímulo adicional para a economia e reforçou o compromisso do Fed no combate à inflação, mas afirmou que espera um resultado melhor da maior economia do ano na segunda metade do ano. Para esta quarta-feira, os investidores aguardam ainda a divulgação do Livro Bege, que deverá acontecer no período da tarde.

Por aqui, o Copom (Comitê de Política Monetária) realiza o segundo dia de reunião e fará o anúncio sobre a definição da taxa básica de juro no Brasil. A expectativa de analistas é por uma elevação de 0,25 ponto percentual na taxa Selic. Ademais, o IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor – Semanal) revelou a desaceleração no ritmo de alta dos preços na comparação com a medição anterior.

Já a  produção da indústria nacional recuou em nove das 14 regiões pesquisadas na passagem de março para abril, segundo dados da Pesquisa Industrial Produção Física - Regional, divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A média nacional no período foi de queda de 2,1%.

Petrolíferas são destaque de alta

A Petrobras (PETR3, R$ 25,82, +1,18%; PETR4, R$ 23,32, +1,39%) e a OGX Petróleo (OGXP3, R$ 15,62, +0,71%) sobem no pregão desta quarta. Entre as notícias do setor, os estoques de petróleo dos Estados Unidos recuaram 4,8 milhões de barris, ou 1,3%, no período de 28 de maio a 3 de junho, chegando ao patamar de 369 milhões de barris.

Além disso, a Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) anunciou que seus membros não chegaram a um acordo, e decidiram então manter inalterados os níveis de produção, contrariando a expectativa de analistas.

BR Foods

A BR Foods (BRFS3, R$ 26,86, -3,73%) está entre as principais perdas do dia. Nesta quarta, o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) se reune e para abordar a fusão entre a Sadia e a Perdigão - a expectativa é que haja restrições a operação. Entre os cenários possíveis, há a possibilidade de que a companhia tenha que vender algumas marcas ou até mesmo uma das empresas.

Suzano

A Suzano (SUZB5, R$ 12,99, -3,78%) também tem forte queda. A companhia divulgou nesta quarta que a unidade de Piauí deverá entrar em operação no primeiro semestre de 2016, com a compra dos equipamentos estimada para o primeiro semestre de 2014, assim como previa o projeto original, ao passo que especificou o prazo para o projeto de Maranhão em novembro de 2013. Além disso, a Suzano informou que a empresa deve investir R$ 3,5 bilhões para 2011, sendo que R$ 1,5 bilhão já foi realizado por conta da aquisição de participação na Conpacel e na KSR.

Marisa

Enquanto isso, a Marisa (AMAR3, R$ 27,43, -1,33%) anunciou após o último pregão que o conselho de administração aprovou a captação de R$ 300 milhões, proveniente da emissão de 300 debêntures. “Os recursos líquidos obtidos pela companhia com as debêntures serão integralmente utilizados para o reforço de capital de giro e investimentos”, comunicou a empresa em nota.

MMX Mineração

Já a MMX Mineração (MMXM3, R$ 9,09, 0,00%) revelou que a Superintendência de Relações com Investidores Institucionais mostrou-se favorável ao pedido de autorização para que fundos de investimentos locais e estrangeiros participem das opções de venda no âmbito da OPA (Oferta Pública de Aquisição) da PortX (PRTX3, R$ 3,51, -0,85%). No entanto, a decisão final será dada pelo colegiado da CVM (Comissão de Valores Mobiliários).

Raízen

No campo positivo, a Raízen, empresa originada pela joint-venture da Cosan (CSAN3, R$ 24,86, +2,73%) com a Shell, investirá US$ 7 bilhões no Brasil em um período de cinco anos, informou a Agência Estado na última terça-feira. Citando o presidente da Raízen, a reportagem indica que deste montante, US$ 5 bilhões será destinado à ampliação da produção de etanol, açúcar e energia elétrica cogerada, sendo que o valor restante será investido na rede de postos de combustíveis e em operações logísticas.

Fonte: InfoMoney