Ibovespa tem forte alta, descolado do mercado externo
O otimismo no cenário nacional fortalece o mercado brasileiro nesta sexta-feira (3/6), contrariando a tendência das bolsas americanas. O Ibovespa opera em alta no último pregão da semana.
O principal índice acionário nacional opera com valorização de 0,76%, aos 64 mil pontos. Já foram realizados mais de 250 mil negócios que totalizam um volume financeiro operado acima de R$ 3,189 bilhões.
O otimismo dos mercados emergentes também já marca a bolsa brasileira. Os dados negativos do mercado de trabalho nos Estados Unidos pesam negativamente sobre as bolsas dos EUA, mas não são fortes o suficiente para influenciar o otimismo nacional.
Os sinais de desaceleração da inflação e os números do Produto Interno Bruto, que apontou um crescimento de 1,3% no trimestre, agradaram o mercado. "A economia vem mostrando uma consistência no crescimento", explica Luis Gustavo Pereira, analista da Um Investimentos. "Esse número sinaliza que estamos em um momento de maior equilíbrio."
Para Pereira, esse é o principal fundamento do descolamento do Ibovespa do mercado internacional. Com essa melhora nas expectativas, as ações de consumo e as construtoras são as mais beneficiadas.
O analista adiciona que a fala do ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmando que o setor de alimentos e combustíveis já reduzem sua pressão sobre a inflação, também favorece o índice.
Entre as cinco maiores altas do dia estão B2W (BTOW3) com ganhos de 4,70%, para R$ 22,72, Lojas Renner (LREN3) com alta de 3,81%, para R$ 61,25, e Lojas Americanas (LAME4) com alta de 3,07%, para R$ 15,77.
Proteínas
O anúncio da Rússia de bloqueio à carne oriunda de três estados brasileiro chacoalhou o mercado na última quinta-feira (2/6). A medida tem sido interpretada como uma forma de suprimir a forte atuação brasileira nesse nicho internacional.
Pereira destaca que o desempenho positivo da JBS Friboi (JBSF3), citando governança corporativa. "Ela se posicionou logo cedo, apenas três unidades foram atingidas, outras oito seguem operando normalmente. O mercado não vai penalizar a ação".
Com isso, saem prejudicadas as ações da Brasil Foods (BRFS3), que seguem entre os destaques de baixa, caindo 1,05%, para R$ 28,30. A empresa foi a última a se posicionar após o anúncio. "O investidor fica sem saber que posição tomar."
Fonte: Brasil Econômico
Fonte: Brasil Econômico