Dólar recua, com dados de emprego e dívida dos EUA
O dólar tem queda ante o real nesta sexta-feira (3/6), após a divulgação de dados do mercado de trabalho americano e a ameaça da Moody's de rebaixar a nota da dívida do país.
A moeda americana recua 0,32% ante o real, a R$ 1,571 na compra e R$ 1,573 na venda.
"O dólar cai hoje em relação às principais moedas do mundo", aponta Luciano Rostagno, estrategista-chefe da CM Capital Markets.
Nesta manhã, foi divulgado que a taxa de desemprego nos Estados Unidos aumentou de 9% para 9,1% em maio. No mês, foram criadas apenas 54 mil vagas na economia americana, bem abaixo das projeções, que apontavam para 169 mil postos de trabalho.
Na quinta-feira, a agência de classificação de risco Moody's ameaçou rebaixar a avaliação da dívida americana caso o Congresso não aumente o limite da dívida do país.
Lá, a dívida pública atingiu o teto permitido pela Constituição, em 14,3 trilhões. No entanto, o Congresso americano se recusa a permitir mais endividamento sem que o governo se comprometa com cortes de custos.
Com isso, ocorre um movimento de fuga dos títulos de longo prazo dos Estados Unidos. Os juros de títulos do tesouro americano, com vencimento em cinco anos caem 0,04 ponto, a 1,61% ao ano. Nas bolsas americanas, o tom é de queda, com o índice Standard & Poor's 500 recuando 0,33%.
O dólar tem queda de 0,99% frente ao euro, 0,59% ante o dólar australiano e 0,82% contra o iene.
No cenário interno, foi divulgado que o Produto Interno Bruto (PIB) do país avançou 1,3% no primeiro trimestre, em relação ao trimestre anterior. O dado veio em linha com o esperado pelo mercado, e representa uma aceleração em comparação com o quarto trimestre, quando a economia expandiu 0,8%.
"A economia aqui continua subindo forte, e isso favorece o real", diz Rostagno.
A bolsa brasileira opera descolada do cenário externo, e o Ibovespa avança 0,89%.
Na quinta-feira (2/6), o dólar fechou com queda de 1,13%, a R$ 1,578 na venda.
Fonte: Brasil Econômico