Ibovespa acompanha correção externa e fecha com alta de 0,69%
SÃO PAULO - Após um começo de dia instável, o Ibovespa conseguiu se firmar no campo positivo durante a tarde, chegando a subir 1,2% no intraday, mas fechou a quinta-feira (9) com alta mais amena, de 0,69%, ficando cotado aos 63.468 pontos. Avaliando uma agenda cheia, mas sem grandes surpresas no campo doméstico, o índice acompanhou a recuperação das bolsas internacionais, com o Dow Jones registrando sua primeira alta após seis pregões de queda. O giro financeiro foi de R$ 5,33 bilhões.
Contribuindo para o movimento positivo do Ibovespa, as ações mais líquidas da bolsa registraram significativas altas na sessão, devolvendo parte das perdas acumuladas recentemente. Petrobras (PETR3, +1,78%; PETR4, +2,16%) e Vale (VALE3, +1,10%; VALE5, +0,86%) ajudaram na alta do Ibovespa.
Mesmo com indicadores ruins, as bolsas dos EUA seguem em alta, amparadas pelo bom desempenho das ações do setor bancário. A manutenção das taxas de juros na Zona do Euro e a posição de o presidente do BCE (Banco Central Europeu), Jean-Claude Trichet, dizendo que é contra a reestruturação da dívida e contra qualquer movimento que não seja voluntário, foram os destaques na Europa, que viu suas bolsas se recuperando das pressões de baixas nos últimos pregões.
A agência de classificação de risco Moody's mostrou ceticismo sobre uma participação voluntária de investidores para uma eventual reestruturação da dívida externa grega. Segundo notícia da Bloomberg, o diretor geral de risco soberano da agência, Bart Oosterveld, deixou claro que um default da Grécia poderá trazer implicações para as notas de crédito de Portugal e Irlanda.
Destaques do Pregão
A JBS (JBSS3) liderou os ganhos do Ibovespa, subindo 3,85% no pregão, corrigindo as quedas recentes. A possibilidade de recusa da fusão entre Sadia e Perdigão pode encorajar concorrentes, como a JBS, a buscar novas aquisições.
As maiores altas, dentre as ações que compõem o Índice Bovespa, foram:
Novamente liderando as perdas do dia, as ações da Brasil Foods (BRFS3) ainda sentem o impacto de uma possível rejeição do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) sobre a fusão entre Sadia e Perdigão e recuaram 3,21%. Amparado pela lei brasileira anti-truste, o relator Carlos Ragazzo, foi contra a fusão, mas o processo ainda não está encerrado, dado que o conselheiro Ricardo Ruiz pediu vistas do processo. A decisão final ocorrerá somente em 15 de junho. Porém, as chances de recusa crescem e o mercado segue com o clima de aversão ao risco.
As maiores baixas, dentre os papéis que compõem o Índice Bovespa, foram:
Por aqui, a reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), encerrada na última quarta-feira à noite, não surpreendeu o mercado e resultou em um aumento de 0,25% na taxa básica de juro, levando a Selic para 12,25% ao ano. Já o IGP-M (Índice Geral de Preços – Mensal) revelou deflação de 0,09% na primeira prévia de junho, um valor 0,79 ponto percentual menor que aquele do mesmo período de maio.
Por sua vez, o IPC-Fipe (Índice de Preços ao Consumidor) indicou queda da inflação ao marcar taxa de 0,05% na primeira quadrissemana de junho. Como comparação, no mesmo período de maio, o índice havia registrado taxa de 0,64%. Ao mesmo tempo, na comparação com o resultado da última quadrissemana do mês passado, o índice registrou queda 0,26 ponto percentual.
Nos EUA, o nível dos estoques no atacado avançou 0,1 ponto percentual abaixo do esperado por analistas em abril, enquanto o déficit na balança comercial caiu de US$ 46,8 bilhões para US$ 43,7 bilhões entre março e abril, enquanto as projeções eram de déficit de US$ 48,7 bilhões. Já o número de pedidos de auxílio-desemprego foi 4 mil a mais do que o previsto na última semana.
Enquanto isso, na Europa, o BCE mais uma vez decidiu não alterar a taxa básica de juro na Zona do Euro, atualmente em 1,25% ao ano. No entanto, Jean-Claude Trichet, presidente do BCE, sinalizou para uma elevação na taxa básica de juro em julho, ao afirmar que o banco precisa manter “forte vigilância” em relação ao comportamento da inflação.
Ainda no velho continente, o comitê de política monetária do BoE (Bank of England) anunciou a manutenção tanto da taxa básica de juro em 0,5% ao ano, quanto do programa de compra de ativos em £ 200 bilhões, conforme esperado pelo mercado.
Dólar
Em mais uma sessão em que se manteve no campo positivo durante todo o intraday, o dólar comercial chegou ao seu segundo dia seguido de alta, apesar do bom humor instaurado no mercado, fechando esta quinta-feira (9) cotado na venda a R$ 1,589 - apreciação de 0,38%.
Ainda por aqui, o Banco Central manteve seus leilões de compra de dólares no mercado à vista, realizando um leilão entre às 15h34 (horário de Brasília) e às 15h39, com taxa de corte aceita em R$ 1,5886.
Fonte: InfoMoney
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