Fraca geração de empregos deprime Wall Street

1º de junho de 2010 - Os principais índices acionários de Wall Street operam em baixa nesta quarta-feira após quatro dias seguidos de elevação, sentindo os fracos indicadores de geração de empregos divulgados nesta manhã.
Há pouco, o índice Dow Jones caia 1,06%, aos 12.436 pontos; o S&P 500 recuava 0,99% para 1.331 pontos; e a bolsa eletrônica Nasdaq perdia 0,68%, aos 2.816 pontos.

Segundo fontes ouvidas por agências internacionais, apesar de estarem bem abaixo da expectativa de mercado, os dados de criação de empregos no setor privado não devem ser seguidos à risca, pois a consultoria ADP, responsável pela divulgação do indicador, costuma subestimar esse dado.

Contudo, a fonte ressalta que os dados que devem realmente chamar a atenção do mercado é o Payroll, que deve ser divulgado nesta sexta-feira.

O resultado divulgado provocou também uma maior demanda por papéis do Tesouro dos Estados Unidos, levando as notas de 10 anos a ter rendimento de até 3,003%, o menor desde dezembro.

No setor corporativo, os papéis da H.J Heinz perdiam 2,73 % a US$ 53,42 após a companhia ver seus ratings rebaixados de venda para neutro pelo Goldman Sachs, que afirmou que seus papéis são caros em relação ao de seus concorrentes e que suas perspectivas econômicas podem ser prejudicadas por falta de reinvestimento nos mercados desenvolvidos.

Ainda em terreno negativo, as ações da Tyffany recuavam 1,28% a US$ 74,69 após rebaixamento da recomendação de seus títulos pelo Deustche Bank. A estimativa do preço dos papéis da companhia para os próximos doze meses é de US$ 76.

No Velho Continente, o crédito destinado ao consumidor do Reino Unido cresceu em £ 0,5 bilhões em abril, superando as expectativas do mercado, que aguardavam avanço de £ 0,2 bilhões (estimativa Banco Fator). O dado de março foi revisado para cima, de £ 0,1 bilhões para £ 0,5 bilhões.

O índice de gerente de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor manufatureiro da Inglaterra recuou de 54,4 pontos em abril (dado revisado) para 52,1 pontos em maio, de acordo com o instituto Markit Economics. Este é o menor íncide desde setembro de 2009. O número decepcionou o mercado que esperava retração mais branda para 54,3 pontos.

O índice de gerente de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor manufatureiro da Alemanha recuou de 62 pontos em abril para 57,7 pontos em maio, de acordo com o instituto Markit Economics. Esta é a menor leitura em sete meses. O número decepcionou o mercado que esperava retração mais branda para 58,2 pontos.

Em Portugal, o governo vendeu nesta quarta-feira no mercado primário € 850 milhões em dívida com vencimento para três meses com juro de 4,96%, contra 4,65% da última emissão com as mesmas características, com uma demanda que superou em 2,7 vezes a oferta.

Na agenda local, o setor privado criou 38 mil vagas de emprego entre abril e maio, segundo dados da Consultoria ADP divulgados há pouco. A criação de postos de emprego de março foi revisada para baixo, de um aumento de 179 mil vagas para uma criação de 177 mil vagas.

O resultado de maio veio ligeiramente abaixo que a estimativa média do mercado que esperava uma geração de 178 mil empregos, de acordo com levantamento da Gradual Investimentos.

O ISM Manufatura, índice que mede a atividade do setor manufatureiro nos Estados Unidos, reduziu o ritmo em maio. O indicador passou de 60,4 em abril para 53,5 no mês passado.

O número veio pior do que o esperado pelo mercado que indicava retração para 58,1.

As despesas totais com construção civil (Construction Spending) nos Estados Unidos avançaram 0,4% em abril ante a taxa revisada de março, totalizando US$ 765 bilhões, informou agora há pouco o Departamento de Comércio norte-americano. Na comparação com março de 2010, o número representa uma queda de 9,3% (US$ 843,1 bilhões).

Fonte: Último Instante