Bolsas europeias fecham em terreno negativo com setor bancário em evidência

SÃO PAULO - As bolsas europeias fecharam em tendência de baixa, amparadas principalmente nas preocupações sobre a dívida pública da região. O sentimento negativo foi realçado diante de um relatório da Moody’s sobre o déficit orçamentário da Espanha, e no caso da Grécia, apesar dos sinais positivos do acordo anunciado na sexta-feira (3), a falta de progresso nas negociações deixam os investidores cautelosos.
Diante deste cenário, o índice FTSE 100 da bolsa de Londres apresentou leve alta de 0,14% e atingiu 5.863 pontos, acumulando no ano baixa de 0,62%. Por outro lado, CAC 40 da bolsa de Paris encerrou em baixa de 0,70%, atingindo 3.863 pontos e chegando a uma valorização de 1,54% no ano.

A Bolsa de Frankfurt caiu 0,61% aos 7.066 pontos, acumulando valorização de 2,19% no ano. Já o IBEX 35 de Madr fechou em baixa de 1,24%, alcançando 10.158 pontos, e o FTSE MIB de Milão encerrou em queda de 1,37%, aos 20.525 pontos

Crise na Europa
Ao que tudo indica, o governo grego chegou na última sexta-feira a um plano de reformas  que vai ao encontro das exigências do FMI (Fundo Monetário Internacional) para que seja efetivada a quinta parcela do resgate ao país.

Em relação à melhora da perspectiva para o país no curto prazo, evitando um calote ou reestruturação por enquanto, o Danske Bank acredita que ainda há muitas questões a serem esclarecidas.

No caso da Espanha, o relatório da Moody’s aponta que o déficit orçamentário da Catalunha é crédito negativo para o país, pois "confirma as dificuldades da segunda maior região da Espanha em termos de redução do déficit e da trajetória da dívida”.

O orçamento da Catalunha para 2011, apresentado em 31 de maio, incluiu um déficit de 2,66% do PIB (Produto Interno Bruto) da região, contra a meta do governo central de 1,3%. Com o não cumprimento das metas pela região, o governo central poderá parar de emitir qualquer nova dívida, dado que para os analistas da Moody’s, não é bom sinal para a Espanha.

Destaques corporativos
Os bancos lideraram entre os índices mais fracos na sessão, devido a exposição significativa da Grécia, que sem um progresso firme e definitivo continua deixando os investidores mais cautelosos.

No FTSE 100, fecharam em queda o Lloyds (-3,78%), Barcalys (-0,56%), HSBC (-0,24%) e Royal Bank of Scotland (-0,14%). Na bolsa francesa, as ações do Credit Agricole caíram 2,79%, do Société Générale recuou 2,18% e o BNP Paribas terminou em desvalorização de 1,96%.

Em Frankfurt, os bancos Deustche e Commerzbank também encerraram em queda de 1,86% e 0,40%, respectivamente. Em Madri, o BBVA desvalorizou 2,68%.

No DAX 30, as ações da Bayer apresentaram elevação de 1,48%, enquanto no setor de energia apresentaram queda a E.On (-2,23%) e RWE (-0,81%).

Em Londres, no setor de mineração, alta para Kazakhmys (+1,19%), Antofagasta (+1,18%), Rio Tinto (+0,99% e BHP Billiton (+0,89%).

Fonte: InfoMoney