Apesar do corte no rating grego, bolsas europeias se recuperam têm leve alta
SÃO PAULO – Após uma semana de perdas, as principais bolsas europeias ganharam fôlego no final do pregão e inverteram a tendência de baixa vista ao longo do dia, fechando o pregão desta segunda-feira (13) com ligeiros ganhos. O mercado ainda permanece atento à crise fiscal na Europa e ao desempenho das economias mundiais.
Diante deste cenário, o índice FTSE 100, da bolsa de Londres, apresentou valorização de 0,13%, aos 5.773 pontos, acumulando no ano baixa de 2,14%, enquanto o CAC 40 da bolsa de Paris, fechou em leve alta de 0,07% atingindo 3.808 pontos, com variação no anoacumuland valorização de 0,07%.
A Bolsa de Frankfurt, encerrou em leve alta de 0,35% , atingindo 7.095 pontos, acumulando uma forte valorização de 2,61% O Ibex 35 de Milão, apresentou queda de 0,05%, aos 9.946 pontos, co valorização acumulada no ano e 0,88%, e o FTSE MIB de Milão, encerrou em baixa de 0,18%, aos 20.081 pontos, com desvalorização anual de 0,46%.
Cenário de crise
O mercado segue de olho no desacordo entre o BCE (Banco Central Europeu) e a Alemanha acerca da ajuda para a Grécia. Além da ampliação da reforma fiscal, já sinalizada por Atenas, políticos alemães declaram-se a favor da inclusão de credores privados na reestruturação da dívida da Grécia.
O mercado segue de olho no desacordo entre o BCE (Banco Central Europeu) e a Alemanha acerca da ajuda para a Grécia. Além da ampliação da reforma fiscal, já sinalizada por Atenas, políticos alemães declaram-se a favor da inclusão de credores privados na reestruturação da dívida da Grécia.
De acordo com agências internacionais, o presidente do BCE Jean-Claude Trichet e o ministro das Fianças da Alemanha Wolfgang Schaeuble, não entram em um acordo sobre o resgate a Grécia. Schaeuble está preocupado para que não ocorra em solo europeu a chamada “catástrofe do Lehman Brothers” - que deu origem à crise financeira de 2008, nos Estados Unidos.
Outro ponto destacado na agenda do dia, é a preocupação do Banco da Inglaterra (Bank of England) com as expectativas de inflação. Segundo informações da Reuters, o economista-chefe do banco central britânico, Spencer Dale, ao comentar o relatório trimestral de preços elaborado pela instituição, disse que as expectativas de inflação de longo prazo parecem estáveis.
Porém, Dale destaca que a última pesquisa do BoE não esclareceu sobre as medidas de curto prazo, se essas ainda estão consistentes com a meta de inflação de 2%.
S&P corta rating grego
O cenário acerca da situação fiscal na Grécia ficou ainda mais conturbado na sessão, após a agência de classificação de risco Standard & Poor's ter cortado o rating de longo prazo do país de B para CCC. Já o rating de curto prazo foi afirmado em C. A perspectiva para ambos é negativa. A nota indica uma possibilidade entre 30% e 50% de um default.
O cenário acerca da situação fiscal na Grécia ficou ainda mais conturbado na sessão, após a agência de classificação de risco Standard & Poor's ter cortado o rating de longo prazo do país de B para CCC. Já o rating de curto prazo foi afirmado em C. A perspectiva para ambos é negativa. A nota indica uma possibilidade entre 30% e 50% de um default.
"O downgrade reflete nossa visão de que há uma probabilidade significantemente alta de um ou mais defaults, como definido em nossos critérios relativos ao completo e pontual pagamento, ligado a esforços de credores oficiais para fechar uma necessidade emergente de financiamento na Grécia", justificou a agência em nota.
Destaques corporativos
O setor de telecomunicações foi destaque no pregão desta segunda-feira. No DAX 30, as ações da Deutsche Telekom subiram 1,33%, já em Londres os papéis do Vodafone Group encerraram o dia em alta de 0,82%. A France Telecom, no CAC 40, apresentou ganhos de 0,42%.
O setor de telecomunicações foi destaque no pregão desta segunda-feira. No DAX 30, as ações da Deutsche Telekom subiram 1,33%, já em Londres os papéis do Vodafone Group encerraram o dia em alta de 0,82%. A France Telecom, no CAC 40, apresentou ganhos de 0,42%.
Ainda na bolsa francesa, os bancos encerraram o dia com perdas. Credit Agricole (-055%), BNP Paribas (-0,39%) e Société Générale (-0,10%). Em Frankfurt, em queda o Commerzbank (-0,59%) e o Deustche Bank (-0,40%).
Na FTSE 100, as instituições financeiras apresentaram ganhos. Destaque para o Lloyds Banking Group, que avançou 1,36%, após a divulgação de um relatório do Sunday Telegraph dizendo que o grupo vai gerar mais 15 mil empregos em breve. No campo positivo também fecharam o Barclays (+1,50%) e o HSBC (+0,39%), já o Royal Bank of Scotland viu suas ações desvalorizarem-se 0,07%.
No Ibex 35 de Madri, o Banco Santander e o BBVA fecharam em baixas de 0,35% e 0,13%, respectivamente. Por fim, após assinar um memorando de entendimento para financiamento de um projeto de cobre, as ações da Kazakhmys, no FTSE 100, apresentaram avanço e 2,15%. Rio Tinto e BHP Billiton também fecharam em alta de 0,04% e 0,02%, respectivamente.
Confira o fechamento dos principais índices acionários europeus:
Fonte: InfoMoney