O ministro Guido Mantega disse nesta sexta-feira (27/5) que o superávit primário do setor público, a ser divulgado na próxima semana, deve chegar a R$ 60 bilhões no acumulado de janeiro a abril.

Ontem, o Tesouro divulgou os dados do governo Central, e os R$ 41,5 bilhões já são 50% da meta anual estabelecida.

Para Mantega, um dos principais desafios para o crescimento de longo prazo é que o país mantenha uma situação fiscal sólida: "O Brasil tem hoje uma situação fiscal das melhores. Há países com déficit nominal acima de 4%, e o Brasil tem uma projeção de déficit nominal abaixo de 2% em 2011."

Ao longo deste ano, observou o ministro, o Brasil vai continuar a trajetória de superávit primário iniciada em 1999, e que teve reversão entre 2009 e 2010, em função das medidas anticíclicas de combate à crise: "Agora estamos muito bem do ponto de vista fiscal, e a tendência é de déficit nominal zero nos próximos anos."

Mantega projetou um crescimento de 1,2% no primeiro trimestre do ano, ao apontar que a partir do segundo trimestre, o crescimento estará mais alinhado a um patamar anualizado de 4,5%.

Para o desaquecimento da economia, ele citou as ações no sentido de segurar em alguma medida o consumo. "Não queremos eliminar o aumento do consumo, trata-se de colocar um pouco de água na fervura, porém mantendo uma taxa de crescimento."

Na avaliação do ministro, a grande virtude do crescimento brasileiro nos últimos anos é a alta contínua dos investimentos. "Em 2011 continuamos estimulando esses investimentos e o ideal é que cresçam ao menos duas vezes em relação ao PIB e acima do crescimento do consumo.

Fonte: Brasil Econômico