Carteiras recomendadas: confira as melhores e piores performances de março
Com esse resultado, as carteiras recomendadas acumulam um retorno médio positivo de 0,27% em 2011, ficando 1,31 ponto percentual acima do Ibovespa, que recuou 1,04% nesse primeiro trimestre.
Souza Barros: reviravolta em 2011
Dentre as compilações de março, o destaque principal ficou com a carteira recomendada da Souza Barros, que rendeu ganhos de 7,62%, melhor resultado obtido por um portfólio desde outubro de 2010. Com uma lista de sugestões enxuta, composta por apenas cinco ações, a corretora optou por substituir as ações PNA da Vale (VALE5) pelos ativos da Indústrias Romi (ROMI3) para o mês. E a troca surtiu efeito: enquanto os papéis da mineradora recuaram 4,46% em março, as ações da indústria subiram 3,57%.
O que salta os olhos é que o avanço dos ativos ROMI3 foi o pior dentre as recomendações da corretora. Garantindo o ótimo mês de março para a Souza Barros, completaram a carteira da corretora as ações Itaú Unibanco PN (ITUB4, +6,26%), BR Malls ON (BRML3,+7,26%), Vivo PN (VIVO4, +8,21%) e Cemig PN (CMIG4, +12,8%), esta última sendo um dos principais destaques de alta do mês no Ibovespa.
Com esse desempenho, o portfólio da Souza Barros, que já havia avançado da 20ª para a 14ª posição entre janeiro e fevereiro, deu um salto ainda maior agora em março, passando agora a ocupar a primeira posição dentre as melhores performances no acumulado do ano, somando ganhos de 5,14% no primeiro trimestre, resultado bem acima do retorno médio das carteiras recomendadas no ano (+0,27%) e da trajetória do Ibovespa (-1,31%).
O ótimo 2011 da Souza Barros ajuda a comprovar a veracidade daquela velha máxima do mercado de ações e geralmente utilizada em relatórios de fundos de investimento, de que "rentabilidade passada não é garantia de rendimentos futuros". No ranking de carteiras da InfoMoney de 2010, o portfólio da corretora registrou o pior resultado dentre as 16 carteiras compiladas no ano, acumulando uma rentabilidade negativa de 8,39% nos 12 meses do ano, ficando muito abaixo do retorno anual médio dos portfólios (+10,9%) e do próprio Ibovespa (+1,05%).
Omar Camargo: do céu ao inferno em apenas um mês
A citação também pode ser utilizada para falar do desempenho da carteira da Omar Camargo: depois de registrar a melhor performance de fevereiro (+5,09%), o que lhe deu também a primeira posição no ranking das maiores rentabilidades de 2011, o portfólio da corretora terminou março com rentabilidade negativa de 1,29%, o pior resultado do mês. Com isso, a lista de sugestões da Omar despencou para a 16ª posição no ranking de 2011.
E os motivos de alegria da corretora em fevereiro foram os mesmo para as perdas amargadas em março, visto que a Omar Camargo não realizou nenhuma substituição ou alteração de peso em sua carteira na passagem entre os meses. Os destaques positivos do portfólio ficaram com as ações PN do Bradesco (BBDC4, +4,27%) e PNB da Copel (CPLE6, +6,34%), que respondiam pelas maiores participações da carteira, com peso de 13% e 12%, respectivamente.
No entanto, nem mesmo o fato de um quarto da carteira ter tido uma performance muito boa foi suficiente para amenizar as quedas de outros ativos que faziam parte do portfólio. As quedas que mais prejudicaram o portfólio foram das ações Gerdau PN (GGBR4, -7,93%) e Cremer ON (CREM3, -7,76%), que respondiam por 10% de participação cada uma, bem como os papéis da Positivo (POSI3) que, embora com apenas 4% de importância na carteira, desabaram 19,92% no mês - a sétima maior queda mensal da bolsa brasileira.
Outros destaques
Fazendo companhia para a Omar Camargo como as únicas carteiras com rentabilidade negativa em março, a Spinelli viu seu portfólio acumular perdas de 0,35% no terceiro mês do ano. Embora tenha apostado em papéis que tiveram boa valorização no período, como Banrisul (BRSR6, +11,31%) e Fibria (FIBR3, +9,79%), prevaleceu o movimento de queda de outros papéis em carteira, com destaque para HRT (HRTP3, -9,28%), Gerdau, Vale e Banco ABC Brasil (ABCB4, -3,43%).
Já na ponta positiva, destaque para o portfólio do BB Investimentos, que teve retorno de 5,09%, saltando assim da 9ª para a 2ª posição no ranking anual das carteiras - no mês anterior, a corretora já havia ganho nove posições. O principal destaque da lista se sugestões do BB em março ficou com as ações preferenciais da Marcopolo (POMO4), que dispararam 20,52% - a 7ª maior alta da bolsa no período. Outro ponto favorável foi que apenas um dos 10 papéis recomendados - a ação PNA da Vale - recuaram no mês.
Quem também se destacou foi a carteira da SLW com perfil moderado que, com a rentabilidade de 5,76%, avançou 18 posições no ranking de 2011, ocupando agora a 4ª posição. Como o próprio nome diz, a carteira concentrou suas apostas em ações tidas como mais conservadoras, tais como do setor de energia, que respondia por 50% do portfólio e que tiveram um mês extremamente positivo na bolsa, e de empresas cuja demanda mostra menor oscilação em momentos de maior instabilidade, tais como AmBev (AMBV4, +4,23%) e Souza Cruz (CRUZ3, +9,76%).
Metodologia
A Win Trade só passou a divulgar sua carteira recomendada em março. O mesmo portfólio foi utilizado para os meses anteriores na hora de fazer o cálculo da rentabilidade anual.
Para realizar o levantamento de março, a InfoMoney utilizou carteiras de ações recomendadas para o período mensal por 30 corretoras e bancos: Amaril Franklin, Ativa, Banif, Bank of America Merrill Lynch, BB Investimentos, Bradesco, BTG Pactual, Citi Corretora, Coinvalores, Credit Suisse, Fator, Geração Futuro, Geral Investimentos, HSBC, Itaú BBA (carteira top 5), Link, Magliano (2 carteiras), Omar Camargo, PAX, Planner, SLW (3 carteiras), Socopa, Souza Barros, Spinelli, UM Investimentos, Win Trade e XP.
Para avaliar o desempenho no acumulado em 2011, duas casas de research foram excluídas por não termos tido acesso às carteiras divulgadas para janeiro. Os bancos e corretoras excluídos foram Bank of America Merrill Lynch e Geral Investimentos. Além disso, a carteira da TOV foi retirada do ranking anual de fevereiro, já que não tivemos acesso à carteira sugerida para o mês de março.
Importante ainda destacar que a InfoMoney considerou a primeira publicação de cada uma destas carteiras nos referidos meses, não levando em consideração eventuais mudanças promovidas pelas corretoras e bancos no meio de mês. As cotações consideradas nas comparações de desempenho são as de fechamento do último dia útil de cada mês. Utilizando metodologia semelhante à adotada no cálculo da carteira teórica do Ibovespa, o desempenho considerado das carteiras recomendadas em 2011 é cumulativo.
Fonte: InfoMoney
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