Bolsas externas registram leve alta em dia de poucas referências


SÃO PAULO - As bolsas internacionais registram um pregão de leve valorização nesta segunda-feira (4), em que os contratos dos índices futuros em Wall Street avançam apesar do barril de petróleo em Nova York ter superado US$ 108,00, ainda de olho nos conflitos no Oriente Médio e no norte da África. Na Europa, as bolsas de Londres e Frankfurt também registram ganhos, enquanto Paris opera com leve baixa.


No continente, investidores lidam com a perspectiva de que o BCE (Banco Central Europeu) poderá elevar o juro básico pela primeira vez em três anos na reunião desta semana e com a contínua crise fiscal nos países periféricos. 

Dentro deste cenário, o primeiro ministro José Luiz Zapatero revelou que não irá liderar seu partido nas próximas eleições, ao passo que a consultoria Ernst & Young indicou que a renúncia do primeiro-ministro de Portugal, José Sócrates, é um sinal de que o país precisará recorrer à ajuda externa ainda antes de junho. Ainda na cena política, espera-se que o presidente dos EUA, Barack Obama, anuncie oficialmente sua candidatura à reeleição.


Confiança abalada no Japão

Já na China, a bolsa de Xangai esteve fechada para negociações nesta segunda-feira, e permanecerá do mesmo modo durante a terça-feira, devido a um feriado no país. No Japão, o índice Nikkei foi impulsionado pela trajetória dos mercados em Wall Street após os dados favoráveis no mercado de trabalho norte-americano na última sexta-feira, encerrando em alta, com destaque para o desempenho das ações de algumas companhias companhias exportadoras.


Por outro lado, a pesquisa Tankan, que mede a confiança das empresas, confirmou que as previsões para os próximos meses são mais pessimistas que antes do terremoto que atingiu o Japão no início de março. 


Barril de petróleo em alta

O Oriente Médio e o norte da África continuam como foco de tensão, e o barril de petróleo negociado em Nova York opera em alta, superando US$ 108,00. O conflito na Líbia já dura seis semanas, e os relatos divergem ao reportar quem estaria ganhando terreno na batalha, o governo ou os manifestantes. 


Além disso, protestantes enfrentaram a polícia no Yêmen, enquanto no Bahrein o governo teria fechado um jornal da oposição, segundo a Associated Press, mostrando que os conflitos também continuam em outras áreas da região.


Agenda morna

Nos Estados Unidos, sem indicadores econômicos relevantes na agenda, a atenção recai para o discurso que Ben Bernanke irá fazer nesta noite em conferência sobre mercados financeiros promovida pelo Federal Reserve de Atlanta. Espera-se que o presidente do Fed comente a política monetária no país, esclarecendo também as declarações de alguns membros do banco central norte-americano de que uma alta do juro básico ainda em 2011 não seria surpresa. 


Por aqui, a sucessão no comando da Vale (VALE3, VALE5) continua em foco. Nesta segunda-feira, haverá reunião dos acionistas para homologar a contratação de empresa de seleção de executivos que irá auxiliar a mineradora na escolha do substituto de Roger Agnelli. Na sexta-feira (7), espera-se que o Conselho de Administração faça sua escolha a partir de lista tríplice. 

Fonte: InfoMoney