Após subir com dados positivos de emprego, NY termina em queda com terremoto no Japão


Ao final dos negócios, o índice Dow Jones caiu 0,14%, aos 12.409 pontos; a bolsa eletrônica Nasdaq desvalorizou 0,13%, aos 2.796 pontos e o S&P 500 perdeu 0,15%, aos 1.333 pontos.


7 de abril de 2011 - Os índices acionários de Wall Street bem que tentaram uma recuperação no pregão de hoje, após dados positivos do mercado de trabalho. Mas, assim como o mercado acionário europeu, as bolsas em Nova York encerraram em queda, após um forte terremoto atingir o norte do Japão. Há menos de um mês, a terceira economia do mundo foi abalada por um tremor de magnitude 9 e um tsunami devastador.

Segundo a imprensa internacional, o terremoto, de magnitude 7,4, teve epicentro localizado a 40 quilômetros de profundidade próximo à costa da província de Miyagi, região mais afetada pelo último tremor. O terremoto foi sentido com significativa intensidade em Tóquio e também provocou um alerta de tsunami.

A Agência de Segurança Nuclear do Japão indicou que não há informações sobre novos danos na usina nuclear de Fukushima Daiichi, cujos reatores já se encontram seriamente danificados e emitem radiação depois do terremoto de 11 de março.

No entanto, na usina nuclear de Onagawa (Miyagi), que se encontra muito perto do epicentro deste último terremoto, ocorreram problemas em dois dos três geradores externos, embora os níveis de radiação não tenham aumentado.

Além disso, na usina de processamento de resíduos nucleares de Rokkasho, em Aomori, os operários recorreram a geradores para suprir a interrupção das fontes externas de eletricidade..

No entanto, as ações de varejo terminaram em alta, limitando as perdas de mercado local, depois que relatórios das principais redes varejistas do país apresentar vendas melhores do que esperado em março. Para especialistas, um sinal positivo para a recuperação econômica.

Ao final dos negócios, o índice Dow Jones caiu 0,14%, aos 12.409 pontos; a bolsa eletrônica Nasdaq desvalorizou 0,13%, aos 2.796 pontos e o S&P 500 perdeu 0,15%, aos 1.333 pontos.

Ente os dados da agenda local, o número de pedidos de auxílio-desemprego (initial claims) nos Estados Unidos caiu em 10 mil para 382 mil na semana encerrada no dia 2 de abril. O dado veio melhor que as estimativas do mercado que apontavam para um número em torno de 385 mil pedidos.

O número total de segurados, no entanto, apresentou uma queda de 9 mil. O atual número fechou em 3.723 mil na semana terminada em 26 de março contra 3.732 mil (dado já revisado) na semana anterior. A expectativa do mercado era de que houvesse uma queda maior, para 3.700 mil segurados.

Os números acima, no entanto, não incluem aqueles que estão recebendo extensão emergencial do auxílio sob o programa especial do governo federal. Entre esses, houve uma queda de 91 mil, passando para 4,27 milhões na semana terminada em 19 de março.

Por fim, o saldo de crédito ao consumidor nos Estados Unidos seguiu crescendo em fevereiro. Esse já é o 5º mês seguido de variação positiva nesse dado, indicando o começo de uma recuperação no crédito. A variação mensal nominal foi de US$ 7,617 bilhões, acima da mediana das expectativas coletadas pela Bloomberg. O dado anterior, no entanto, foi revisado para baixo.

O crédito ao consumidor no país é dividido pelo Federal Reserve (banco central) entre rotativo (revolving) e não rotativo (nonrevolving). O crédito rotativo é uma linha de crédito que pode ser usada repetidamente até um certo limite, como é o caso dos cartões de crédito. O crédito rotativo e o não rotativo têm tido comportamentos distintos nos últimos meses.

Fonte: Último Instante