Após sobe e desce, Ibovespa "arranca" no final e defende 69 mil pontos


O Ibovespa fechou com alta de 0,20% para 69.176 pontos.



7 de abril de 2011 - Depois do vaivém da primeira etapa dos negócios, a Bolsa de Valores de São Paulo se firmou em campo negativo, mas numa arrancada na reta final, conseguiu defender valorização moderada e o patamar dos 69 mil pontos. O Ibovespa fechou com alta de 0,20% para 69.176 pontos. O giro financeiro de R$ 6,159 bilhões. 

"O fluxo [de capital externo] do mercado está positivo, por isso a tendência é de que a bolsa suba", avalia o sócio-diretor da AZ Investimentos, Ricardo Zeno. Ele comenta que a elevação do rating do Brasil pela Fitch no início desta semana animou os investidores, em especial, os estrangeiros, que voltaram as compras por aqui. 

Após o anúncio do Ministério da Fazenda sobre medidas na área cambial, o mercado acionário nacional esboçou certa recuperação na parte da manhã, mas notícias do front externo trouxeram cautela às operações. 

"As medidas do governo foram mais brandas do que o previsto e a bolsa estava com toda cara de que ia buscar os 70 mil pontos, mas o novo tremor no Japão balançou os negócios", afirma o analista da XP Investimentos, Gilberto Coelho.

Ele lembra ainda que o mercado operou dividido, enquanto construtoras e os papéis do grupo de Eike Batista andaram bem. Vale e Petrobras pressionaram o índice. 

A terceira economia mundial, que ainda sofre os efeitos do terremoto e do tsunami do dia 11 de março, foi afetada por um novo tremor nesta quinta-feira. O desastre provocou um alerta de tsunami, que foi suspendido mais tarde pela Agência Meteorológica do país.

O novo terremoto (magnitudade 7,4) foi registrado às 23h34 locais (11h34 de Brasília), com epicentro localizado a 40 quilômetros de profundidade próximo à costa da província de Miyagi, a mais afetada pelo terremoto de magnitude 9 ocorrido há quase um mês.

No Velho Continente, o Banco Central Europeu (BCE) decidiu aumentar a taxa de juros da região pela primeira vez em quase três anos. O juro passou de 1% para 1,25% ao ano. 

Ainda na Europa, Portugal concentrou atenções, depois que pediu ajuda econômica à Comissão Europeia para superar a grave situação financeira do país. 

Em mensagem ao país, o primeiro-ministro luso, José Sócrates afirmou que tentou evitar até o último momento a decisão, mas ressaltou que teve que tomá-la porque o agravamento da crise financeira se tornou uma "ameaça para a economia do país".

Por aqui, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, fará novo pronunciamento ao mercado às 18h30. 

Dentre as ações com maior peso na carteira teórica (que vigora de 3 de janeiro a 29 de abril) Vale PNA (VALE5) recuou 0,79% a R$ 47,48; Petrobras PN (PETR4) perdeu 0,78% a R$ 27,95; OGX ON (OGXP3) subiu 2,33% a R$ 20,61; Itaú Unibanco PN (ITUB4) avançou 0,16% a R$ 38,45; e BM&FBovespa ON (BVMF3) valorizou 0,74% a R$ 12,23.

Do lado positivo ficaram Cyrela ON (+3,8% a R$ 16,39); LLX ON (+3,37% a R$ 5,21); Cielo ON (+3,02% a R$ 13,99); Hypermarcas ON (+2,98% a R$ 21,45); e Gafisa ON (+2,81% a R$ 11,36).

Na ponta vendedora destaque para Cosan ON (-5,23% a R$ 24,45); Copel PNB (-1,86% a R$ 45,34); BRF Foods ON (-1,80% a R$ 30,05); GOL PN (-1,70% a R$ 21,38); e TIM PN (-1,66% a R$ 7,11). 

Fonte: Último Instante