Bolsas da Europa avançam com alta de montadoras e expectativa por Fed
SÃO PAULO – Os principais índices acionários europeus fecharam em alta nesta quarta-feira (26), avaliando um noticiário macroeconômico mais favorável e de olho no mercado norte-americano. Entre as referências estão o discurso de Barack Obama, que indicou o compromisso do país com a redução do déficit, além da expectativa pela decisão do Fed sobre os rumos as política monetária dos EUA.
O índice FTSE 100, da bolsa de Londres, apresentou valorização de 0,87% a 5.969 pontos, enquanto o CAC 40, da bolsa de Paris, fechou em alta de 0,73% atingindo 4.049 pontos. A bolsa de Frankfurt, por sua vez, apresentou uma alta de 0,97%, atingindo 7.127 pontos. O FTSE MIB, na bolsa de Milão, encerrou em alta de 0,30%, alcançando os 22.007 pontos. Por fim, o SMI, em Zurique, subiu 0,19% e chegou aos 6.593 pontos.
Na Inglaterra, o BoE (Bank of England) divulgou a minuta da sua última reunião, com Martin Weale juntando-se a Andrew Sentance no voto por uma alta de 0,25 ponto percentual na taxa básica de juros inglesa, sinalizando um maior apoio à elevação da taxa.
Crise da dívida soberana
Frank Øland Hansen e Anders Møller Jorgensen, analistas do Danske Bank, acreditam que a crise fiscal na Europa será contida com sucesso, colocando esse como o cenário mais provável para os desdobramentos da crise.
Os analistas calculam que os ambiciosos mecanismos já implantados pelo EFSM (European Financial Stability Mechanism) e pelo EFSF (European Financial Stability Facility) serão suficientes para cobrir quase que totalmente as necessidades financeiras de Irlanda, Portugal e Espanha para os próximos três anos. Entretanto, se a Itália necessitar de um resgate, o montante terá de ser substancialmente ampliado.
Os E-bonds, embora encontrem resistência de Alemanha, Áustria e França, também chamaram a atenção do Danske, após venda inaugural na terça-feira, com o chefe do fundo de pensão do estado finlandês, Timo Loeyttyniemi, afirmando que a Zona do Euro está muito determinada a enfrentar a crise e que a demanda fez com que esses títulos comuns os transformassem em um bom instrumento.
Referências norte-americanas
Fora da Europa, o discurso do presidente norte-americano, Barack Obama, chamou a atenção. Na noite da véspera, Obama afirmou que os gastos do governo são insustentáveis e comprometendo-se a políticas de diminuição de gastos, com mais de US$ 400 bilhões que poderiam ser economizados na próxima década.
Ainda nos EUA, os investidores aguardam o final da reunião do Fed, que deve manter os estímulos monetários e a taxa básica de juro no país, mesmo com sinais de recuperação.
Na agenda, o New Homes Sales, medidor de vendas de novas casas nos Estados Unidos, cresceu acima do esperado em dezembro.
Destaques corporativos
Em Frankfurt, o destaque foi para as montadoras de automóveis, puxadas em parte pela notícia de que as vendas da Porsche tiveram um forte crescimento na China. As ações da Porsche subiram 7,07%, enquanto os papéis da Daimler avançaram 1,92%. BMW (+1,55%) e Volkswagen (+2,93%) também viram suas ações fecharem em alta.
Na França, Renault e Peugeot aproveitaram o bom momento, obtendo altas de 3,29% e 2,16%, respectivamente. A situação das montadoras também foi favorável na Itália, com a FIAT subindo 1,86% na bolsa de Milão.
Na capital inglesa foram as empresas de commodities que se destacaram na ponta positiva, com o BG Group avançando 3,43% após a Petrobras anunciar uma nova descoberta no pré-sal, em um bloco operado em consórcio com a companhia.
Antofagasta, com alta de 3,31%, Petrofac, com valorização de 2,93%, Anglo American (+2,62%) e Rio Tinto (+2,56%) também subiram no pregão londrino.
Fonte: InfoMoney
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