Radar: acompanhe algumas das principais oscilações na bolsa nesta terça-feira

SÃO PAULO - Com os principais índices ao redor do globo negociando em terreno positivo na tarde desta terça-feira (5), o Ibovespa segue a tendência e opera em alta de 0,70%, ao 70.881 pontos.


Dentre os vetores a impulsionar o clima mais ameno está a política monetária japonesa. O BoJ (Bank of Japan) decidiu, em reunião sobre política monetária encerrada nesta terça, por implantar uma política de flexibilização monetária, de modo a impulsionar a economia e conter a alta do iene frente ao dólar.

Entre as medidas, está a imediata redução da taxa básica de juros para um valor entre 0% e 0,1% ao ano, em decisão unânime. O Banco Central manterá a taxa ao nível virtual de zero até que se tenha a percepção de que a estabilidade de preços no médio e longo prazo foi alcançada.

Além disso, será estudada a criação de um programa temporário, no valor de ¥ 5 trilhões (cerca de US$ 60 bilhões), para a compra de diversos ativos públicos e privados, como títulos do governo e dívidas corporativas. A instituição prevê que as compras atingirão tal valor no prazo de um ano a partir do início do programa, com ¥ 3,5 trilhões (aproximadamente US$ 42 bilhões) destinados à dívida pública de longo prazo.

De Tóquio a Washington, a agenda de indicadores desta sessão também auxilia o momento positivo aos negócios: o setor de serviços nos EUA marcou desempenho acima do esperado pelo mercado no mês de setembro, com o ISM Services atingindo 53,2 pontos na passagem de agosto a setembro, resultado superior às projeções de analistas, que estavam em torno de 51,8 pontos.

Petrobras

Passando ao cenário corporativo, a Petrobras volta a ser destaque na ponta negativa do Ibovespa, com os papeis PETR3 recuando 1,83% e os ativos PETR4 em queda de 1,61%. O movimento ocorre após a estatal informar, na última segunda-feira, que durante o mês de agosto a produção média de petróleo e gás natural no Brasil e no exterior foi de 2,599 milhões de boed (barris de óleo equivalente por dia) que, apesar que representar uma alta de 0,70% frente aos 2,581 millhões de barris de julho, não é capaz de impulsionar seus papéis.

A produção média de óleo e gás liquefeito no mês foi de 2,022 milhões de barris diários, 0,7% acima da produção de julho (2,005 milhões de bpd). A estatal aponta que 1,678 milhão de barris deste total foi produzido na bacia de Campos.

A produção média de gás natural, excluindo o volume liquefeito, foi de 52,4 milhões de metros cúbicos diários em agosto, representando uma baixa de 200 mil metros cúbicos diários frente ao volume realizado no mês anterior (52,6 milhões de metros cúbicos), ou -0,8%.

Vivo e Telesp

Os ativos da Vivo (VIVO4) também passam por um pregão delicado, ao recuarem 0,39%. Embora a Telefónica tenha elevado pela segunda vez as estimativas quanto às sinergias a serem geradas com a integração de Vivo e Telesp (TLPP4), de € 3,9 bilhões para € 4,2 bilhões, os investidores revelam certa cautela no negócio.

Cabe ressaltar que a Telefónica espera que esses ganhos de sinergia sejam capturados completamente em um período de 3 a 4 anos. O modelo da fusão entre as duas empresas ainda não foi anunciado.

Se por um lado os ativos da Vivo são penalizados com a possível integração, por outro o movimento serve de impulso aos papéis da Telesp nesta tarde, os quais avançam 1,87%.

Elétricas em destaque

Após acumularem ganhos superiores a 4,40%, os ativos da Copel (CPLE6) seguem o momentum após os resultados das eleições do último domingo e listam alta de 3,07%, encabeçando os principais avanços do Ibovespa. Do mesmo modo, os papéis da Eletrobras, com alta de 2,73%, também são um dos principais destaques do benchmark.

BM&F Bovespa

Destaque de alta também aos ativos da BM&F Bovespa (BVMF3), os quais sobem 2,70%. A companhia adquiriu 13,9 milhões de ações de sua própria emissão ao preço médio de R$ 13,46 por papel. De acordo com documento emitido pela BM&F Bovespa, a compra estava prevista em seu programa de recompra de ações.

PDG Realty

Passando à construção civil, os dados prévios do terceiro trimestre divulgados pela PDG Realty (PDGR3) foram recebido de maneira positiva pela mercado, levando seus ativos a acumularem ganhos de 2,19%. De acordo com a companhia, as vendas contratadas entre os meses de julho e setembro alcançaram R$ 1,852 bilhão - um crescimento de 39,3% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Com 67 projetos, o VGV (Valor Geral das Vendas) lançado no terceiro trimestre da PDG atingiu R$ 2,040 bilhões, alcançando 70% do ponto médio do guidance previsto (entre R$ 6,5 bilhões e R$ 7,5 bilhões) para os lançamentos neste ano.

Ainda segundo a empresa, 63% do total de lançamentos foi concentrado no segmento econômico, sendo mais da metade deles elegíveis ao programa "Minha Casa, Minha Vida". Por fim, as vendas sobre oferta atingiram 33%, face aos 30% dos três meses anteriores.

Fonte: InfoMoney

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