Bovespa ganha 0,71%; dólar atinge R$ 1,67, menor taxa desde setembro de 2008
O mercado brasileiro de ações registra valorização na rodada de negócios
desta terça-feira, em linha com o tom positivo das demais Bolsas de
Valores. Pela manhã, os investidores se animaram com a notícia de que o
banco central japonês voltou a reduzir os juros, pela primeira vez em
dois anos. Mais tarde, uma importante sondagem privada mostrou que uma
melhora do setor de serviços nos EUA.
Dessa forma, o "termômetro" do mercado brasileiro, o
Ibovespa, encosta nos 71 mil pontos, um nível de preços não visto
desde a primeira quinzena de abril. Já a taxa de câmbio cedeu abaixo de
R$ 1,68, em seu menor preço desde 3 de setembro de 2008.
Ontem à noite, o governo brasileiro anunciou a elevação do IOF cobrado
sobre aplicações de estrangeiros em renda fixa no país, de 2% para 4%,
como forma de conter a valorização excessiva do real frente ao dólar.
"Calma. Não sejamos apressados. Vamos deixar a medida ter efeito", disse
hoje o
ministro Guido Mantega (Fazenda).
O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa paulista, avança 0,71%,
aos 70.885 pontos. O giro financeiro é de R$ 3 bilhões, acima da média
para o horário. Nos EUA, o índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, sobe
1,25%.
O dólar comercial é cotado por R$ 1,678, em queda de 0,82%. A
taxa de risco-país marca 203 pontos, número 0,49% abaixo da
pontuação anterior. O Banco Central já entrou no mercado e comprou
dólares. Nessas operações, a autoridade monetária não informa
imediatamente a quantia adquirida.
Entre as primeiras notícias do dia, o banco central japonês surpreendeu
os mercados e rebaixou a taxa básica de juros desse país de 0,1% para
quase zero. Trata-se da primeira mudança na política monetária japonesa
desde dezembro 2008, em plena crise financeira internacional.
Na Europa, uma sondagem privada (instituto Markit) apontou que a
recuperação do nível de atividade no setor de serviços teve um ritmo
mais lento em setembro, principalmente por conta da França e na Espanha.
Ainda no velho continente, a agência de classificação de risco Moody's
avisou que estuda um possível rebaixo do "rating" da Irlanda, apontando
problemas de deficit público desse país.
Já nos EUA, a entidade privada ISM detectou uma aceleração no ritmo de
atividade do setor de serviços desse país em setembro. O índice
elaborado por esse instituto teve uma leitura de 53,2 pontos no mês
passado. Economistas do setor financeiro estimavam uma cifra em torno de
51,8 pontos.
E no front doméstico, a CNI informou que o faturamento do setor
industrial teve um ligeiro recuo (0,3%) em agosto, sobre julho. Na
comparação com agosto do ano passado, no entanto, a alta do faturamento
real foi de 11,8%.
Fonte: Folha.com
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