Bolsas asiáticas fecham sem tendência, com Tóquio e Xangai em queda

SÃO PAULO – As bolsas asiáticas encerraram a terça-feira (27) sem tendência definida, enquanto os bancos ficaram em foco nos principais mercados, entre dados externos favoráveis no Japão e notícias locais preocupantes na China.

Dessa forma, o Shanghai Composite, principal índice da bolsa de Xangai, registrou o primeiro recuo em sete dias, fechando o pregão com queda de 0,51%. O índice Nikkei, da Bolsa de Tóquio, encerrou o pregão em leve baixa de 0,07%, chegando a 9.497 pontos. Já o índice Hang Seng, da Bolsa de Hong Kong, apresentou alta de 0,64% e atingiu 20.973 pontos.

  %Var Dia  Pontos  %Var 30D  %Var Ano 
 Nikkei -0,07 9.497 -2,47 -9,95
 Hang Seng +0,64 20.973 +1,37 -4,10
 Shangai Composite -0,51 2.575 +0,88 -21,41

Comitê de Basileia traz boas notícias
 
Em Tóquio, apesar da leve queda, o otimismo do setor bancário fica em foco. As ações dos bancos foram impulsionadas pela flexibilização das propostas do Comitê de Basileia, que concordou na última sessão que alguns ativos, como fatias minoritárias em companhias financeiras, contassem como capital nos bancos.

Outra notícia internacional que animou os mercados japoneses foi a venda de casas novas nos Estados Unidos. O New Home Sales de junho mostrou uma venda anualizada de 330 mil imóveis, enquanto os analistas esperavam vendas de 310 mil casas.

Impulsionados pelas novidades, os bancos tiveram um pregão de ganhos no Japão. O Mitsubishi UFJ fechou com alta de 2,5%, enquanto o Sumitomo Mitsui e o Mizuho , segundo e terceiro maiores bancos listados do país, registraram valorizações de 2,8% e 2,2%, respectivamente.

Riscos de crédito pesam
 
Na China, o cenário foi contrário. Os bancos fecharam o dia como destaques negativos, seguindo o aumento dos temores sobre a inadimplência. Segundo a mídia local, as instituições financeiras podem ter problemas para recuperar cerca de 23% dos 7,7 trilhões de yuans (US$ 1,1 trilhão) que eles emprestaram a projetos de infraestrutura. Com a preocupação com a inadimplência, as agências de rating já colocaram o foco também nas notas de crédito das instituições.

Assim, o ICBC recuou 1,2% na bolsa de Xangai, seguido pelo Bank of China e pelo China Merchants Bank, que fecharam em queda de 0,3% e 1,1%, na mesma ordem.

Ainda na ponta negativa, destaque para as produtoras de carvão. Com a maior queda em quatro meses no benchmark local da commodity, as três maiores empresas do segmento – Shenhua, China Coal e Datong Coal Industry, registraram perdas de 1,2%, 0,9% e 3,1%, respectivamente.

Fonte: InfoMoney

0 comentários: