Grécia e mudanças no compulsório jogam dólar para cima

26 de fevereiro de 2010 - A Grécia voltou à cena nesta quinta-feira. Bastou a agência de classificação de riscos Standard & Poor´s sinalizar que poderia reduzir a avaliação da economia grega em um ou dois graus para derrubar os mercados acionários mundo afora. Por aqui não foi diferente. Esta fuga de capital das bolsas ajudou o dólar a encerrar o dia em alta de 0,27%, a R$ 1,829 na compra e R$ 1,831 na venda.

"A grande preocupação ainda é a Grécia, embora ao meu ver seja um ponto muito pequeno por todos os problemas que ainda existem lá fora", afirma Daives Ribeiro, gerente de câmbio da Fair Corretora.

Os temores com a Grécia contrastam com a declaração de Ben Bernanke, presidente do Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano), que reafirmou nos dois discursos, ontem e hoje, que os juros ainda vão demorar a subir. "O mercado, por enquanto, está apenas assistindo aos movimentos". 

No mercado doméstico a justificativa de Henrique Meirelles de elevar o compulsório para recomposição das alíquotas também não agradou e ajudou a pressionar o câmbio, confirma Ribeiro. Na noite de ontem, o Banco Central (BC) soltou um comunicado informando mudanças no recolhimento sobre recursos a prazo e do compulsório - calculado com base nos depósitos de poupança, à vista e a prazo, dando continuidade à reversão das medidas anticrise adotadas a partir de outubro de 2008. A medida de alteração no recolhimento entra em vigor em 9 de abril e o acréscimo será da ordem de R$ 34 bilhões. Já a exigibilidade adicional começará a valer em 22 de março, com aumento de R$ 37 bilhões.

Fonte: Último Instante

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