BC reduz expectativa de crescimento econômico para 1% no ano



A construção civil deve fechar 2012 com avanço de 1,9%.




O Banco Central (BC) revisou para baixo a perspectiva de crescimento econômico do país neste ano, projetando agora um Produto Interno Bruto (PIB) de apenas 1% em 2012, e não mais 1,6% conforme divulgado no último Relatório de Inflação.
Segundo documento da autoridade monetária, foram considerados dados econômicos dos três primeiros trimestres do ano, além de estatísticas.
Em contrapartida, a produção agropecuária deve registrar um resultado melhor no ano, com projeção de queda de 1%, ante baixa de 1,4% prevista anteriormente, auxiliada, principalmente, pelas culturas de café e milho, que avançaram no terceiro trimestre do ano.
Apesar disso, a produção industrial não foi salva nas novas perspectivas, já que o BC, agora, estima um desempenho pior no ano, sendo este de contração de 0,5%, inferior aos 0,1% anteriores.
A construção civil deve fechar 2012 com avanço de 1,9%, abaixo do previsto na leitura passada, de expansão de 2,5%. A indústria extrativa também foi revisada, com previsão de queda de 0,5% no ano, inferior ao avanço de 0,8% estimado anteriormente.
O setor de serviços ainda deve crescer no ano, mas em menor ritmo, sendo este de 1,6% ante 2,2% na estimativa anterior.
Para 2013, o BC estima que o crescimento econômico no acumulado de quatro trimestres, encerrado em setembro do ano que vem, alcance 3,3%, resultado 2,4 p.p superior ao do mesmo período de um ano antes.
A agropecuária deve crescer 4,8% no mesmo período, ante 0,8%, enquanto a indústria deve se recuperar e avançar 2,8%.
Na avaliação dos componentes domésticos da demanda agregada, a autoridade monetária estima que a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) seja reduzida para -3,5% neste ano, com previsão de que o consumo das famílias avance apenas 3% e, do governo, 3,2%, ante 3,3% e 3,7%, respectivamente.
Para as exportações deste ano, o BC estima avanço de 0,3%, previsão 0,6 p.p abaixo da estimativa anterior, enquanto para as importações, é esperado aumento de 2,7% no ano ante 0,3%.



Fonte:Ultimo Instante