Onde investir no último trimestre, já de olho em 2012?
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Neste ano, a bolsa de valores foi bastante penalizada, principalmente por conta dos problemas com as economias de alguns países europeus e os Estados Unidos. A renda fixa, por sua vez, registrou rentabilidade interessante ao longo dos primeiros nove meses deste ano, impulsionada principalmente pela taxa de juros elevada.
Mas e agora? A partir deste trimestre, quais serão as melhores opções de investimentos, já com vistas em 2012?
Para o analista-chefe Pedro Galdi, o investidor ainda pode aproveitar a alta taxa de juros para alocar uma parte um pouco maior dos investimentos em renda fixa. “Neste momento, devido a toda instabilidade do mercado, acho que é interessante colocar 60% em renda fixa e 40% em renda variável”, afirma Galdi.
Dessa maneira, segundo ele, o investidor consegue uma carteira um pouco mais defensiva e também pode aproveitar que muitas ações estão sendo negociadas a preços atrativos e podem ter uma boa valorização no médio e longo prazo. “Existem empresas e setores que têm potencial de lucro e o investidor pode aproveitar isso”, diz Galdi.
Empresas e setores
Para o analista, grandes empresas do setor de siderurgia e mineração, como Vale e Gerdau, devem fazer parte da carteira do investidor que vai entrar no mercado acionário neste último trimestre de 2011.
Além delas, ele ressalta que é interessante investir em empresas do setor elétrico e de telecomunicações, que, além de sofrerem menos com a volatilidade, ainda pagam bons dividendos. “Tem opções interessantes neste setor”, afirma Galdi.
Entre as ações de empresas do setor de consumo e comércio local, Galdi destaca Cielo, Lojas Renner e Localiza como alternativas. Já entre os bancos, ele recomenda as ações do Itaú Unibanco. “Mas, caso algum banco grego quebre, as ações também podem ser bastante penalizadas”, pondera o analista.
Tesouro Direto
Já o especialista da André Massaro, aconselha que o investidor fique um pouco mais afastado da renda variável neste momento. “Não tem nada indicando que devemos ter uma melhora no curto e médio prazo, pelo contrário, existe um temor que haja uma agravamento da crise lá fora”, afirma Massaro.
Por este motivo, ele aconselha que neste momento o investidor busque a segurança dos títulos públicos e aproveite a taxa de juros para obter uma boa rentabilidade. “Por mais que o Banco Central tenha reduzido a Selic na última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) e haja uma expectativa de novas reduções, a nossa taxa de juros ainda é bastante elevada”, diz Massaro. “Mesmo que a taxa caia para um patamar de 9% ao ano – atualmente, a Selic está em 12% a.a. - ainda vai ser atrativa para o investidor”, afirma o especialista.
Para Massaro, neste momento, a melhor opção é o investidor equilibrar a carteira entre títulos pré e pós-fixados. “As perspectivas de inflação ainda estão bastante contraditórias. Estamos vindo de um aumento da pressão inflacionária, mas, se a crise se agravar, pode ser que os preços caiam, então, não há muito como saber”, afirma Massaro.
Por isso, ele aconselha que o investidor monte a sua carteira de títulos públicos com 50% de pré e 50% de pós fixados. “Desta maneira, o investidor adota uma postura mais defensiva, sem se expor aos riscos da renda variável neste momento de muitas incertezas e diversificando entre os títulos do Tesouro”, diz.
CDB
Para o especialista, uma outra opção interessante e conservadora neste momento é o CDB (Certificado de Depósito Bancário). Também devido à alta taxa de juros, este investimento – que remunera de acordo com a variação do CDI (Certificado de Depósito Interbancário) – tem se mostrado uma boa opção para os investidores.
“Com o CDB, o investidor ter a garantia de ressarcimento pelo FGC (Fundo Garantidor de Crédito) de até R$ 70 mil, em caso de quebra do banco, o que é uma segurança a mais”, afirma Massaro.
Antes de optar pela modalidade, entretanto, é interessante pesquisar entre os bancos e escolher aquele que paga o maior percentual do CDI.
Fonte: InfoMoney