No que investir meu dinheiro no Curto/Médio Prazo?

O que faço com aquele dinheiro que vou precisar dentro de alguns meses? Pode ser para uma viagem especial ou para a compra de um carro ou imóvel, por exemplo. Talvez não seja tão claro o dia exato que precisaremos desses recursos, mas temos uma idéia ou expectativa da data. Para qualquer um que planeja seu futuro e busca realizar seus sonhos, essa é uma dúvida rotineira.


Uma decisão comum é deixar esse dinheiro “debaixo do colchão”, ou seja, parado na conta corrente. Além do risco de cair numa tentação de consumo qualquer e estragar seus planos, deixar dinheiro parado é uma péssima decisão. Também já vimos que a mítica poupança, outra alternativa bastante comum, não é nem tão segura, nem tão rentável.

Temos, portanto, uma situação parecida com a Reserva de Emergência: precisaremos de liquidez em alguns meses e não devemos assumir muitos riscos com esses recursos. A grande diferença é que esse é um evento planejado, então existe uma expectativa de quando os recursos serão necessários. Logo, mais uma vez o Tesouro Direto é uma boa opção.

Se estivermos falando de um horizonte de até 12 meses (ou se não houver expectativa da data que esses recursos serão necessários), sugiro os títulos público pós-fixados, ou seja, as LFT. Nesse caso, estamos dando preferência à liquidez.

Com relação ao vencimento, mesmo que não tenha uma LFT com a data exata desejada, pode-se escolher um vencimento mais longo: o importante é que o prazo seja maior do que a menor expectativa. Por exemplo, se precisaremos dos recursos em algum momento entre 9 e 15 meses, escolha uma LFT que vence no mínimo em 15 meses. Se o menor prazo disponível no Tesouro Direto for de 3 anos, não tem problema: basta fazer o resgate antecipado assim que precisar dos recursos.

Já se estivermos falando de um horizonte entre 1 e 3 anos, podemos optar por um título com retorno maior. Assim, uma alternativa interessante seriam os títulos públicos pré-fixados, como as LTN. Os títulos pré-fixados costumam ter retornos maiores do que o pós-fixado, já que a liquidez é menor. Mesmo que não tenha uma LTN com o vencimento exato que você precisa, sugiro escolher um vencimento um pouco depois da data estimada e fazer o resgate antecipado quando precisar efetivamente dos recursos. Exemplificando, se precisar dos recursos em 15/09/2013, você pode escolher uma LTN com vencimento em 01/01/2014.

Em ambos os casos, foi sugerido escolher uma data ligeiramente maior que o prazo que os recursos efetivamente serão necessários. Isso é importante para assegurar alíquotas menores de imposto de renda. Nas LFT, um prazo 3 meses ou 3 anos maior que o resgate tende a ser pouco relevante. Já nas LTN, a escolha do prazo é mais importante. Para títulos pré-fixados como a LTN, a regra geral é apenas resgatá-los no vencimento. Desta maneira garantimos a taxa pactuada no momento da compra e evitamos a possibilidade de um resgate com prejuízo. Mesmo assim, quando o título pré-fixado já está próximo do vencimento (faltando apenas poucos meses), esses riscos são muito menores e o investidor pode fazer o resgate antecipado sem grandes preocupações.

Fonte: Finanças Pessoais