Investir é uma arte ou uma técnica?



Acho que é uma mistura dos dois, com forte concentração na técnica. Quer saber os detalhes de como investir com eficiência? Vou dar, nessa postagem, as linhas gerais e os conceitos básicos de investimentos. Será um guia para iniciantes de como e porque investir. Meu objetivo não é que a postagem fique completa logo na primeira aparição, mas será um processo de construção e agregarei novos conteúdos com o tempo.

Antes de entrar no detalhamento, quero dizer que a partir do momento em que estamos engajados em alguma atividade, desde que prestemos atenção nos detalhes, seja um esporte, uma microempresa, enfim, algo que pratiquemos com certa regularidade, aprendemos os caminhos que levam ao melhoramento dessa atividade. O mesmo acontece com os investimentos. Precisamos estar envolvidos no processo de investir para começar a perceber as características de cada uma das opções disponíveis.

Investir resulta da conjugação de alguns elementos. São eles: objetivo, prazo e características de tolerância a risco do investidor. Antes de partir para aplicar em qualquer opção, você deve ter a resposta para estas perguntas:

Investir – Subjetividade

 
Qual meu objetivo?

Qual o prazo que pretendo atingir este objetivo?

Quais minhas características pessoais de tolerância ao risco?

Todavia, não adianta investir sem que tenhamos um objetivo. Fiz uma postagem sobre o assunto, citando Keynes, mas resumo algumas desses objetivos:

Investir – Por que?
 
Independência financeira

Aquisição de patrimônio

Aposentadoria

Auxiliar outra pessoa

Uma coisa que não indico para a maioria das pessoas é imaginar que elas possam ficar ricas exclusivamente com o resultado dos investimentos, a menos que se dediquem a esta atividade de modo profissional. O conselho que costumo dar é: se sua carreira lhe satisfaz e provê a remuneração necessária, assim como, se suas habilidades são maiores no seu campo de atuação atual, foque-se nele e imagine seus investimentos com uma forma de preservação e crescimento moderado do patrimônio, resultante da acumulação de sua poupança (aquilo que sobra da renda após o consumo). Uma decisão assim diminui ainda mais a necessidade de “vocação” para a arte de investir, demandando prioritariamente a sua técnica.

Se você respondeu às perguntas feitas, passemos a um detalhe importantíssimo. A princípio, existe uma graduação entre retorno e risco. Salvo raríssimas exceções, o retorno é diretamente proporcional ao risco, isto é, um negócio que gere muito retorno apresenta risco mais elevado. Se fossemos graduar os retorno, como nos mostra Mauro Halfeld em seu livro Investimentos, os negócios próprios apresentam o maior potencial de lucro e, igualmente, o maior risco. O mercado acionário estaria em uma posição intermediária, com retorno menor que os negócios próprios e maior do que os títulos de renda fixa, dentre outras opções mais conservadoras.

Lembre-se: não há investimento sem risco, assim como não existe um único tipo de risco. Cito os três principais, que são o de liquidez, o de crédito e o de mercado. O risco de liquidez tem a ver com a facilidade que o investimento pode ser resgatado com a menor perda financeira possível. Para saber mais sobre os de crédito e de mercado, sugiro o E-book Tudo sobre CDB, da série Aplique para mim, que você pode adquirir agora mesmo por apenas R$ 10,00.

Fonte: Beto Veiga