Errar é humano; insistir no erro é burrice



Cada um de nós, meros mortais, vai se preparando para mais turbulências e incertezas na economia. Evitar dívidas, criar uma reserva financeira para emergências, planejar com antecedência nossos gastos… tudo isso vem sendo dito e repetido, nesta e em outras colunas sobre finanças pessoais. Pois bem: neste momento, aquilo de que o mundo menos precisa é de conflito e agressividade na busca pelas soluções de nossos problemas econômicos.

Mas que relação existe entre conflito/agressividade e economia?
Uma das principais causas da grande depressão dos aos 30 foi um erro estratégico de política comercial dos americanos: a elevação de tarifas de importação sobre 20.000 produtos – visando dar proteção aos empregos americanos. A guerra comercial que se estabeleceu naquele momento levou a economia mundial mais rapidamente ao colapso. E não é que lá vão os americanos, batendo na mesma tecla? Clique aqui para ler sobre o assunto.
Ninguém nega que a manipulação da moeda chinesa tem trazido muitas perdas às economias ocidentais. Perdas de mercados e de postos de trabalho. Mas um conflito comercial aberto entre os dois maiores países do mundo traria conseqüências muito indesejáveis, para ambos.

Por estas bandas, Brasil afora, vão se estabelecendo greves e expectativas bastante irrealistas de reajustes salariais, muito acima da inflação. Professores, bancários, correios, técnicos de Universidades Federais e um monte de outras categorias de servidores públicos estão brigando por ganhos salariais muito justos, mas inviáveis num momento em que a economia brasileira desacelera e que ninguém pode antever o que será 2012. Tudo isso, em boa medida, estimulado pelo ritmo acelerado de reajustes do salário mínimo nos últimos anos.
Adam Smith, o “pai” da Ciência Econômica, já dizia em 1776 que a prosperidade depende de um ambiente de confiança e de estabilidade dos arranjos e acordos – entre indivíduos, entre os cidadãos e o Estado e, também, entre nações.

Fonte: Educação de Bolso