Cursos, livros ou prática? Qual a melhor maneira de aprender a investir em ações?
Ler, aprender sozinho, procurar por cursos específicos ou ir direto para a prática? Muitos investidores iniciantes ficam na dúvida sobre qual a melhor maneira de aprender e se familiarizar com o investimento em ações.
Para a Mariana Borges, todo tipo de informação é valida e importante para quem quer começar a operar no mercado acionário. “A informação vai bem de todos os lados. Tudo o que conseguirmos absorver com objetivo de aprender a lidar com o mercado é importante e pode ajudar”, afirma.
Segundo ela, em primeiro lugar, é interessante que o investidor consiga acompanhar o noticiário econômico para ter uma noção geral do que está acontecendo no mercado e embasar melhor a sua decisão de investimento. “É importante estar por dentro, ler sites, blogs e jornais que falam sobre o mercado e investimentos. Todas essas informações são relevantes para quem se interessa pelo mercado acionário”, diz.
Saber o objetivo
De acordo com Mariana, antes mesmo de começar a fazer algum curso ou comprar livros, o investidor deve definir quais são os seus objetivos com o investimento em ações.
“Não adianta você fazer um curso antes mesmo de saber como irá operar. Você precisa ter definido se irá investir pensando no longo prazo, para a aposentadoria, por exemplo, ou se vai fazer investimentos de prazo mais curto”, diz.
Desta maneira, ela ressalta que o investidor consegue direcionar melhor os estudos e, se decidir optar por algum curso, pode fazer aquele que se encaixa no seu perfil de investimento. "É importante lembrar que muitas corretoras, inclusive a Um Investimentos, oferecem cursos e palestras gratuitas para iniciantes, então é possível aprender até mesmo sem gastar", diz.
O gerente-geral do INI (Instituto Nacional de Investidores), Paulo Portinho, ressalta que o investidor pode até mesmo perder o interesse pelo mercado acionário caso escolha um curso que não se adequa ao seu perfil de risco. “Se você tem um perfil menos arrojado e faz um curso de análise gráfica, aprendendo coisas como venda a descoberto, conta-margem etc., pode acabar se afastando da bolsa”, afirma Portinho.
Para começar aos poucos, vale a prática...
O gerente-geral do INI afirma que aqueles que querem começar a investir com objetivos de longo prazo, aplicando um valor pequeno que não vá fazer diferença no orçamento, não precisam de tanto conhecimento teórico.
“Para iniciar e investir um valor baixo, R$ 500, R$ 1.000, por exemplo, não é preciso ler livros ou fazer nenhum curso. Só na prática você aprende a mexer no home broker e entende como funciona o sistema da corretora, as ordens e todo o procedimento”, afirma Portinho.
Segundo ele, apesar dos cursos e todo conhecimento teórico ser importante, praticar é a melhor maneira de aprender a investir. “Não adianta você ler uma porção de livros ou apenas fazer cursos, se você não operar. Os livros e cursos são interessantes, mas não substituem a prática do mercado acionário”, afirma Portinho.
Simuladores
Marina Gomes lembra que aqueles que pretendem começar a investir também podem aperfeiçoar um pouco as técnicas aprendidas na teoria por meio dos simuladores de home broker, que simulam operações de compra e venda de ações com dinheiro “virtual”.
“Existem diversos simuladores disponíveis no mercado, no site da própria BM&FBovespa o investidor tem acesso e pode entender um pouco melhor o funcionamento do sistema”, afirma Mariana.
Já para Paulo Portinho, os simuladores não conseguem trazer para o investidor a real sensação de como é investir no mercado acionário. “Uma coisa é você simular um investimento de R$ 200 mil e outra coisa é investir seu próprio dinheiro, mesmo que seja R$ 500. Quando você está investindo o seu dinheiro, tem muito mais respeito e a situação muda”, afirma Portinho. “Por isso, nada substitui a prática de operar com seu próprio dinheiro”, conclui.
Fonte: InfoMoney