Ata do Copom demonstra preocupação em manter inflação controlada
O Copom (Comitê de Política Monetária) divulgou nesta quinta-feira (27) a ata da sua última reunião que aconteceu em 18 e 19 de outubro. A ata trouxe a avaliação do Banco Central para o cenário econômico mundial e o contexto avaliado pela autoridade, que culminou na redução, por unanimidade, da taxa básica de juros, a Selic, para 11,50%.
Segundo o documento, “o Copom reconhece um ambiente econômico em que prevalece nível de incerteza muito acima do usual, e pondera que o cenário prospectivo para a inflação, desde sua última reunião, acumulou sinais favoráveis”.
A autoridade monetária demonstra ainda sua preocupação em atingir o centro da meta da inflação. “No cenário central com que trabalha, a taxa de inflação se posiciona em torno da meta em 2012, bem como identifica riscos decrescentes à concretização de um cenário em que a inflação convirja tempestivamente para o valor central da meta”.
Em relação à política fiscal, o documento destaca a intenção de cumprir “a meta de superávit primário (R$ 127,9 bilhões), cerca de 3,15% do PIB (Produto Interno Bruto), sem ajustes, em 2011. Além disso, admite-se, como hipótese de trabalho, a geração de superávit primário em torno de 3,10% do PIB em 2012 e em 2013, sem ajustes”.
Cenário externo
Ainda segundo a ata, o Copom admite “que a atual deterioração do cenário internacional cause um impacto sobre a economia brasileira equivalente a um quarto do impacto observado durante a crise internacional de 2008/2009”.
O órgão ainda sinaliza, em dois momentos distintos, que poderá seguir atuando, ao reafirmar sua visão “de que cabe especificamente à política monetária manter-se especialmente vigilante para garantir que pressões detectadas em horizontes mais curtos não se propaguem para horizontes mais longos”.
Um segundo trecho completa que a “estratégia adotada pelo Copom visa assegurar a convergência da inflação para a trajetória de metas, o que exige a pronta correção de eventuais desvios em relação a essa trajetória”.
Fonte: InfoMoney