Acompanhe algumas das principais oscilações na bolsa nesta quinta-feira

Após um começo de dia em alta, digerindo o pregão positivo visto nas bolsas internacionais na última quarta-feira (12), enquanto a bolsa brasileira manteve-se fechada por conta do feriado nacional, o Ibovespa reverteu sua trajetória e passou a operar no campo negativo, apresetando queda de 0,39% às 12h58 (horário de Brasília), indo aos 53.629 pontos.

Nesta sessão, os investidores avaliam os dados norte-americanos levemente melhores que o esperado no mercado de trabalho e na balança comercial. Contudo, a queda no superávit comercial chinês, o corte do rating de Lloyds Banking Group e do Royal Bank of Scotland e os resultados decepcionantes do JP Morgan colaboram para o dia negativo nas bolsas internacionais.

Agora a pouco, o Parlamento da Eslováquia aprovou  a expansão do EFSF (Fundo Europeu de Estabilização Financeira), segundo nota emitida pelo governo. Desta forma, todos os países membros da Zona do Euro concordaram em ampliar o montante disponível do fundo para € 440 bilhões. Importante lembrar que na terça-feira o mesmo parlamento havia rejeitado a ampliação do fundo.

Ultrapar é destaque de alta

Destoando-se da volatilidade do mercado brasileiro, as ações da Ultrapar (UGPA3) aparecem entre as maiores altas do Ibovespa nesta tarde, operando com alta em torno de 3,3%, a R$ 30,79. Na máxima do intraday (R$ 31,38), os ativos UGPA3 apontavam alta de 5,30%. Além disso o volume movimentado pelos ativos da companhia até este momento já superaram a média diária vista nos últimos 21 pregões - ressaltando que ainda temos cerca de quatro horas de negociação.

Com perfil defensivo, os papéis acabam ganhando maior atratividade por serem atrelados a resultados previsíveis, crescimento contínuo e boa distribuição em proventos, conforme explica o analista da Geração Futuro, Lucas Brandler. Vale mencionar que as três corretoras que mais compraram a ação UGPA3 são de bancos estrangeiros - Goldman Sachs, JP Morgan, Deutsche Bank -, o que pode indicar uma maior procura por parte de investidores estrangeiros.

Telebrás: aumento de capital de R$ 300 milhões
Nesta tarde, a Telebrás (TELB4) emitiu um comunicado ao mercado informando que a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) autorizou a empresa a realizar um aumento de capital mediante emissão de novas ações no valor de R$ 300 milhões. "Os recursos recebidos até 31/12/2011 deverão ser capitalizados em assembleia geral de acionistas até 30 de junho de 2012", informa a Telebrás. As ações da estatal de telecomunicações recuam 0,2% nesta tarde.

Localiza abre temporada de resultdos
A temporada de resultados referentes ao terceiro trimestre foi iniciada pela Localiza (RENT3) na noite de terça-feira. A empresa divulgou um lucro líquido de R$ 75,3 milhões, 0,5% a mais frente ao mesmo período do ano passado. O número veio bem acima da queda anual de 11,8% projetada pela corretora Ágora. Contudo, as ações da companhia operam com queda em torno de 2,5% nesta tarde, valendo R$ 25,50.

Prévias do setor imobiliário
Já a Cyrela (CYRE3) anunciou números operacionais do período. O número de lançamentos subiu 29,2% desde setembro de 2010, alcançando R$ 1,76 bilhão. No ano todo, esse montante já chega aos R$ 4,56 bilhões, ou 60% do mínimo projetado em seu guidance.

O mesmo foi feito pela EzTec (EZTC3), que afirmou ter alcançado R$ 161,3 milhões em vendas contratadas durante o período. O número representa uma alta de 35,7% em relação ao terceiro trimestre do ano anterior. Entre julho e setembro, porém, apenas um lançamento foi realizado pela imobiliária – o Sophis Santana, na capital paulista.

Os papéis da Cyrela operam nesta tarde com queda de 0,95%, cotados a R$ 12,48. Já os ativos da EzTec recuam 1,81%, para R$ 13,56.

Parceria entre Brics
Na véspera, a BM&F Bovespa (BVMF3, R$ 9,80, -0,71%) e as bolsas de valores dos países pertencentes ao Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) anunciaram uma parceria para que ativos sejam negociados entre seus mercados, em moeda local.

Uma das novidades é o oferecimento de derivativos de índices, mas a iniciativa abre espaço para que outros produtos sejam pensados no futuro. O acordo envolve, além da bolsa brasileira, a MICEX russa, a National Stock Exchange of Índia (NSE), a Hong Kong Exchange, e a Johannesburg Stock Exchange (JSE), da África do Sul.

Investimentos da Vivo
Também durante o feriado, a Vivo, controlada pela Telefônica Brasil (VIVT4, R$ 47,21, -0,02%), disse que pretende investir até R$ 125 milhões para ampliar seus serviços no estado do Amazonas, segundo informações da Dow Jones. Durante o ano, a operadora da Telefônica Brasil já gastou R$ 1 bilhão na região Norte do País.


Fonte: InfoMoney