Tombini volta de Washington e confirma diagnóstico para juro



O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, retornou de Washington, onde participou da reunião anual do FMI/BIRD, com a certeza renovada de que nâo errou no diagnóstico que levou o Copom a cortar a taxa Selic em 0,5 ponto percentual. Ao contrário, as conversas das autoridades monetárias internacionais e altos representantes do mundo das finanças, no fim de semana, só aumentaram o pessimismo sobre o futuro da crise na zona do euro e sobre o fraco dinamismo da economia americana. 

Hoje o Banco Central de Israel também reduziu os juros em 0,25 ponto percentual, apesar de a taxa de inflação acumulada em 12 meses, de 3,4%,  estar ligeiramente acima da meta ( que se situa entre o intervalo de 1% e 3%). O governo do México também deverá seguir essa mesma linha, com redução dos juros.

No caso brasileiro, prossegue a convicção do BC de que a inflação em 12 meses cairá entre outubro  deste ano e abril  do ano que vem em algo próximo a dois pontos percentuais. O quadro é muito incerto para vislumbrar o que vai ocorrer com a inflação após esse período.

Amanhã Tombini estará na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado e deverá falar sobre o cenário internacional tal como visto no  último fim de semana. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, também estava em Washington e ouviu as mesmas conversas que o presidente do BC. Mantega ainda não mostrou como vai fazer para cumprir, em 2012, a meta de superávit primário “cheia” de 3,1% do PIB. O ministro precisa definir qual a estratégia da política fiscal para o próximo ano.


Fonte: ValorInveste