Dólar ganha valorização com redução da taxa Selic
O dólar comercial segue operando em alta em dia após o Comitê de
Política Monetária (Copom) ter reduzido a taxa básica de juros (Selic),
recuperando o patamar de R$ 160. Há pouco, no interbancário, a divisa
era cotada a R$ 1,601 na compra e R$ 1,602 na venda, ganho de 0,65%.
No mercado futuro, o contrato para setembro negociado na BM&F operava em alta de 1,18% a R$ 1,617.
Para
o operador de câmbio da Intercam Corretora, Glauber Romano, a redução
da Selic em 0,50 p.p veio além do esperado pelo mercado, que tinha
previsão de 0,25 p.p, animando os investidores a recorrerem a outros
tipos de investimentos.
"Com isso, ocorre agora uma busca
de compra pela moeda, a fim de zerar suas posições no câmbio, abrindo
caminho a novos investimentos", explica.
"Além disso, os dados ruins da Europa também foram motores para a ascesão da divisa", completa.
Na
agenda norte-americana, o número de pedidos de auxílio-desemprego
(initial claims) nos Estados Unidos recuou em 12 mil para 409 mil na
semana encerrada no dia 27 de agosto, em comparação com uma semana
antes, 421 mil pedidos (dado revisado).
A produtividade
dos trabalhadores e das empresas dos Estados Unidos recuou a uma taxa
anualizada de 0,7% durante o segundo trimestre de 2011, abaixo da
leitura preliminar de 0,3%, de acordo com o Departamento de Trabalho.
O
número veio abaixo do esperado pelo mercado. No entanto, mostra
desaceleração em relação ao segundo trimestre de 2010, quando avançou
2,4%. Já o custo do trabalho no período cresceu 3,3%, ante leitura
preliminar de 2,2%.
O ISM Manufatura, índice que mede a
atividade do setor manufatureiro nos Estados Unidos, teve leve
desaceleração em agosto. O indicador passou de 50,9 em julho para 50,6
no mês passado.
O número veio melhor do que o esperado pelo mercado, de 48,7.
As
despesas totais com construção civil (Construction Spending) nos
Estados Unidos caíram 1,3% em julho ante a taxa de junho, totalizando
US$ 789,5 bilhões, informou agora há pouco o Departamento de Comércio
norte-americano. Na comparação com junho de 2010, o número representa
uma alta de 0,1% (US$ 788,9 bilhões).
O resultado
surpreendeu o mercado que esperava alta mensal de 0,2%. O dado de junho
foi revisado de um avanço de 0,2% para uma alta de 1,6%.
No
Velho Continente, o Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em
inglês) do setor manufatureiro da Alemanha registrou queda pelo quarto
mês consecutivo nas condições de negócios, de acordo com pesquisa
ajustada realizada pelo instituto Markits, em conjunto com o HSBC.
Em
agosto, o indicador caiu para 50,9 ante 50,9 em julho. O índice teve o
menor registro desde setembro de 2009, contudo ainda permanece dentro da
margem de 50 pontos.
O Índice de Gerentes de Compras
(PMI, na sigla em inglês) do setor manufatureiro da Grécia registrou
leve declínio nas condições de negócios, de acordo com pesquisa ajustada
realizada pelo instituto Markits, em conjunto com o HSBC. Em agosto, o
indicador caiu para 43,2 ante 45,2 em julho.
O Índice de
Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) do setor manufatureiro do
Reino Unido registrou queda nas condições de negócios, de acordo com
pesquisa ajustada realizada pelo instituto Markits, em conjunto com o
HSBC.
Em agosto, o indicador caiu para 49,0 ante 49,4 em julho (dado revisado). O índice teve a menor leitura em 26 meses.
O
Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) do setor
manufatureiro da Zona do Euro registrou queda nas condições de negócios,
de acordo com pesquisa ajustada realizada pelo instituto Markits, em
conjunto com o HSBC.
Em agosto, o indicador caiu para 49,0 ante 50,4 em julho. O índice teve a mais baixa leitura desde agosto de 2009.
O
Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) do setor
manufatureiro da França registrou queda nas condições de negócios, de
acordo com pesquisa ajustada realizada pelo instituto Markits, em
conjunto com o HSBC.
Em agosto, o indicador caiu para 49,1 ante 50,5 em julho. O índice teve a mais baixa leitura desde junho de 2009.
No
campo nacional, na noite de ontem, o Comitê de Política Monetária
(Copom) surpreendeu o mercado ao reduzir, em 0,50 ponto percentual, a
taxa básica de juros, a Selic, que passou de 12,50% para 12% ao ano,
contrariando movimento da reunião anterior, quando a autoridade
monetária elevou a taxa em 0,25 p.p.
Em nota, a autoridade
monetária afirmou que a decisão foi motivada pelo conturbado cenário
internacional, sobretudo da deterioração do crescimento dos principais
países desenvolvidos.
Na última semana de agosto, a
balança comercial brasileira teve superávit de US$ 3,873 bilhões, com
média diária de US$ 168,4 milhões, entre os dias 29 e 31.
As
exportações totalizaram US$ 26,158 bilhões, com média diária de US$
1,137 bilhão e as importações foram US$ 22,285 bilhões, com média diária
de US$ 968 milhões.
Fonte: Último Instante