Ibovespa chega próximo de parada técnica, mas retoma fôlego e reduz perdas

SÃO PAULO - Acentuando as perdas vistas até às 14h (horário de Brasília), o Ibovespa  opera por volta das 16h20 com queda de 6,66%, aos 48.718 pontos, após ter chegado a recuar 9,74% poucos instantes atrás, ficando bem próximo do limite máximo para ativar o "Circuit Breaker", mecanismo utilizado pela BM&F Bovespa para interromper as negociações em momentos de forte volatilidade.

Tendo ficado conhecido em 2008 durante o agravamento da crise do subprime, por ter sido ativado por vários pregões, o Circuit Breaker é um mecanismo utilizado pela bolsa brasileira para proteger o mercado em momentos de pânico generalizado. Ele funciona da seguinte forma: quando o Ibovespa atinge sua queda limite diária de 10%, os negócios em todos os mercados da BM&F Bovespa são interrompidos por 30 minutos. Após a reabertura dos negócios, a nova queda limite é de 15% e, caso alcançada, as negociações ficam suspensas por 1 hora.

Dessa forma, para o Ibovespa acionar o Circuit Breaker nesta segunda-feira (8), ele precisa recuar até a faixa dos 47.655 pontos.

Wall Street também acentua perdas
No primeiro pregão após sua pior semana desde novembro de 2008, o Ibovespa acentua ainda mais seu movimento negativo nesta segunda-feira, repercutindo o corte do rating da dívida dos EUA  anunciado pela Standard & Poor's, com a nota passando de AAA para AA+ e com perspectiva negativa, sob a justificativa do incremento do déficit fiscal do país.

O agravamento das perdas não é exclusividade do mercado brasileiro. Em Wall Street, tanto o S&P 500, que engloba as 500 principais empresas dos EUA, quanto o Nasdaq, que concentra as ações de tecnologia, registram quedas de mais de 5% no mesmo horário. Já o Dow Jones, que mede o desempenho das 30 principais blue chips norte-americanas, recuam 3,91%, após terem recuado 5,29% na mínima do intraday.



Petróleo e metais no vermelho
No mercado de commodities, os preços também seguem em trajetória declinante, com os contratos futuros de barril de petróleo negociados em Nova York e Londres cerca de 3%. Dentre as matérias-primas metálicas, destaque para o contrato de cobre, que registra desvalorização de quase 4%.

Ouro, prata, dólar e franco suíço disparam
Destoando do movimento negativo dos mercados acionário e de commodities, as cotações dos metais preciosos seguem em franca valorização, com destaque para o ouro, que é negociado com alta de mais de 4%, sendo cotado na faixa dos US$ 1.718. No mesmo sentido, os contratos futuros de prata sobem 3,10%, a US$ 39,40.

Já no mercado de divisas, o dólar norte-americano mostra forte apreciação em relação às principais moedas do mundo. A única exceção fica com o franco suíço: a moeda dos EUA registra desvalorização de 1,83% em relação à essa divisa, sendo cotada a 0,7534 francos suíços.