Fala de Bernanke tranquiliza e Ibovespa futuro avança

Pronunciamento de Bernanke é bem recebido por investidores e as bolsas sinalizam para um pregão positivo.


Mesmo sem anunciar novos esforços de política monetária, o mercado financeiro reage de forma positiva ao discurso de Ben Bernanke, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano).

Durante o simpósio de Jackson Hole, na sexta-feira (26/8), Bernanke não anunciou novas medidas de estímulo monetário como era especulado no mercado, por considerar que a situação econômica ainda é sustentável no país.
No entanto, o presidente do Fed afirmou que possui uma gama diversa de ferramentas que pode ser utilizada para fornecer estímulos monetários adicionais.

Diante isso, os índices futuros de Wall Street seguiam trajetória positiva, assim como as bolsas europeias.
Em Frankfurt, o índice DAX subia 1,42%, para 5.616,28 pontos. Em Paris, o índice CAC-40 apreciava 1,76%, a 3.141,83 pontos. Em Londres, a bolsa não opera por conta do feriado bancário.

Por aqui, às 9h17 (horário de Brasília), o Ibovespa futuro marcava alta de 0,91%, para 53.956 pontos. Na sexta-feira, o índice paulista subiu 0,75%, aos 53.350 pontos.

Por sua vez, na Àsia, o pregão foi misto. As bolsas de Tóquio e Hong Kong avançaram 0,61% e 1,44%, respectivamente. Mas o mercado em Xangai destoou da tendência geral com recuo de 1,37%.
Ainda no continente, é destaque a troca do primeiro-ministro japonês. Yoshihiko Noda, ministro das Finanças, vai substituir Naoto Kan. A mudança reflete a postura de Kan em relação ao vazamento nuclear decorrente do tsunami, que atingiu o país em 11 de março.

Na agenda econômica, as atenções estão voltadas aos dados de gastos e renda do consumidor americano.
Analistas projetam que o indicador de gastos pessoais tenha alta de 0,5% em julho, contra -0,2% no mês anterior. Para o indicador de renda, a estimativa é de aumento de 0,4%, ante 0,1% em junho.

No setor imobiliário, a expectativa é de piora nas vendas de casas pendentes - contratos assinados, porém ainda sem conclusão do negócio -, com queda de 1,4% em junho, frente a um avanço de 2,4% no mês anterior.

Indicadores econômicos
O relatório Focus do Banco Central (BC) mostrou que as instituições financeiras elevaram pela segunda semana consecutiva as previsões para a inflação neste ano e reduziram as projeções para o Produto Interno Bruto (PIB).
Os agentes de mercado consultados estimam que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) encerre 2011 a 6,31%, ante projeção de 6,28% verificada na semana passada.

Quanto ao desempenho da economia, a expectativa de crescimento foi reduzida pela quarta semana consecutiva, a 3,79%, contra 3,84.

Fonte: Brasil Econômico