Dólar recua 0,31% e chega ao seu terceiro dia seguido de queda

Após operar em alta no começo do dia, odólar comercial reverteu sua trajetória ainda pela manhã e, mantendo-se no negativo até o final da sessão, chegou ao seu terceiro fechamento negativo, fechando cotado nesta terça-feira (30) a R$ 1,588 na venda, variação negativa de 0,31%. O dólar Ptax, que referencia os contratos futuros na BM&F Bovespa, fechou cotado a R$ 1,5904 na venda, queda de 0,44%.


Em sessão carregada de eventos no âmbito internacional, com novas decisões anunciadas pelas principais agências de classificação de risco e também com a divulgação da ata do Fomc (Federal Open Market Committee), o mercado cambial também sofreu forte influência da proximidade para a formação da Ptax mensal, que ocorrerá na próxima sessão.

Ademais, o banco central ainda realizou leilão de swap cambial reverso, além de também manter suas costumeiras intervenções no mercado à vista.

Durante a manhã, o BaCen realizou um leilão de contratos de swap cambial reverso, vendendo US$ 646,2 milhões desse tipo de contrato. Essa venda equivale a apenas 13 mil dos 37,4 mil contratos postos a disposição do mercado. Já por volta das 16h (horário de Brasília), a autoridade monetária realizou um leilão de compra de dólares no mercado cambial à vista, com taxa de corte de R$ 1,5856.


Fomc e agenda norte-americana
A ata da última reunião do Fomc foi a principal referência diária. A minuta da reunião revelou que os membros da autoridade monetária norte-americana não chegaram a uma decisão acerca de uma possível próxima medida de flexibilização, mas reassegurou que a maior economia mundial não entrará em recessão. Após a divulgação, o dólar ganhou força, quase atingindo estabilidade no final das negociações.

Na agenda norte-americana, o Consumer Confidence indicou uma confiança dos consumidores abaixo do esperado pelos analistas em agosto, enquanto o S&P/Case-Shiller Home Price, que aponta a trajetória dos preços das casas no país por meio de uma média móvel trimestral, caiu menos do que o esperado em junho, na base de comparação anual.


Agências de rating
Dois anuncios por agências de classificação de risco também chamaram a atenção dos investidores nessa sessão.

A Fitch afirmou que pode rebaixar mais uma vez a nota de crédito da China em moeda local, atualmente em "AA-" por causa da inadimplência e da inflação no país.

Já a Standard & Poor's cortou suas previsões de crescimento para a Zona do Euro para 2011 e para o próximo ano. Contudo, entanto, a agência acredita que a região ainda pode evitar um doble dip (um novo mergulho recessivo).

Dólar comercial e futuro
O dólar comercial fechou cotado a R$ 1,5860 na compra e R$ 1,5880 na venda, baixa de 0,31% em relação ao fechamento anterior. Apesar desta queda, o dólar acumula valorização de 2,32% em agosto, frente à baixa de 0,64% registrada no mês passado. No ano a desvalorização acumulada da moeda norte-americana já chega a 4,69%.

Na BM&F, o contrato futuro com vencimento em setembro segue o dia cotado a R$ 1,588, baixa de 0,25% em relação ao fechamento de R$ 1,592 da última segunda-feira. O contrato com vencimento em outubro, por sua vez, fechou em baixa de 0,31%, atingindo R$ 1,598 frente à R$ 1,603 do fechamento de ontem. 

O dólar pronto, que é a referência para a moeda norte-americana na BM&F Bovespa, registrava R$ 1,5865000.

FRA de cupom cambial
Por fim, o FRA de cupom cambial, Forward Rate Agreement, referência para o juro em dólar no Brasil, fechou a 3,20 para novembro de 2011, 0,20 ponto percentual abaixo do que foi registrado na sessão anterior.

Fonte: InfoMoney