Dólar inicia jornada em alta em dia que inspira cautela frente às incertezas externas
SÃO PAULO – Após oscilação atípica da véspera, quando acompanhou o movimento de queda da bolsa, o dólar inicia os trabalhos desta quinta-feira (4) com leve alta de 0,68%, cotado a R$ 1,5716.
Apesar da alta, e segundo analistas, o clima do mercado ainda é de grande instabilidade e incertezas, pois o fim da crise política nos Estados Unidos não é garantia de solução dos problemas fiscais no curto prazo.
A nação ainda corre o risco de ter a sua nota de classificação rebaixada pelas principais agências de rating do mundo, como a Standard & Poor’s que ameaça rebaixar o rating soberano do país. Sendo assim, a expectavia é de que a economia da Casa Branca não se reorganize tão cedo, mesmo com o acordo sobre o teto da dívida pública do país.
Ainda no cenário externo, a crise na Europa segue seu curso, agora atacando Itália e Espanha. Os governos italiano e espanhol sofrem com a pressão dos mercados financeiros sobre a sustentabilidade da dívida pública destes países. Especula-se a necessidade de um programa de apoio à Itália e à Espanha, a terceira e quarta maiores economias da Zona Euro, respectivamente.
Neste sentido, o raciocínio dos investidores é procurar por aplicações com menor risco que o dólar, e colocando-se em posição de venda da divisa norte-americana no mercado. Daí o movimento de queda na última quarta-feira, movimento semelhante ao registrado pela bolsa.
Mesmo com as medidas do Governo, anunciadas na última semana, para conter esta desvalorização do dólar frente ao real, o impacto das intervenções ainda não pode ser sentido pelo mercado.
Indicadores
Nesta quinta-feira tivemos, nos EUA, a divulgação do Initial Claims, indicador do número de pedidos de auxílio-desemprego em base semanal, que superou positivamente o mercado. O indicaor registrou um total de 400 mil novos pedidos na semana até 30 de julho, frente às projeções que giravam em torno de 405 mil solicitações.
A política monetária ocupa a cena no dia, com a reunião de BoE (Bank of England) e do BCE (Banco Central Europeu). Citando o agravamento da crise das dívidas soberanas na Zona do Euro, o BCE (Banco Central Europeu) deixou nesta quinta-feira a sua principal taxa de juros inalterada em 1,5%.
O Banco da Inglaterra também decidiu manter a taxa de juro em 0,5%, em linha com as expectativas da maioria do mercado. Além disso, a autoridade monetária optou por conservar o programa de compra de ativos em £ 200 bilhões.
No Brasil, tivemos logo cedo a divulgação do IPC-Fipe, que registrou inflação de 0,30% na 4ª quadrissemana de julho.
Fonte: InfoMoney
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