Crédito tem desaceleração em julho, diz Banco Central
O volume de empréstimos no país cresceu 1,1% em julho, desaceleração frente ao ritmo de 1,6% observado no mês anterior, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (24/8) pelo Banco Central (BC).
Contudo, o crédito acumula crescimento de 8,7% no ano e 19,8% em 12 meses. O total de empréstimos no país alcançou R$ 1,85 trilhão em julho, representando 47,3% do Produto Interno Bruto (PIB), sendo que em junho a proporção era de 47,1% do PIB.
"O ritmo de expansão do crédito bancário apresentou moderação em julho, refletindo o efeito acumulado das decisões de política monetária, bem como a desaceleração da atividade econômica", afirmou comunicado da autoridade monetária.
O crédito direcionado, que inclui os financiamentos habitacionais subsidiados e a carteira do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), cresceu acima da média nacional, a 1,9% no mês.
Nessa categoria, os financiamentos habitacionais avançaram 3,4%, enquanto os desembolsos do BNDES cresceram 1,7%.
Por sua vez, o saldo das operações com recursos livres cresceu 0,7%.
Mesmo com a alta no estoque de crédito, o ritmo de novos empréstimos mostra desaceleração. A média diária de concessões de crédito pessoal caiu 3,7% no mês, e a média de concessões de financiamento de veículos recuou 0,6%. Para o cheque especial, a queda é de 3%.
Os empréstimos para empresas também diminuíram. A média diária de empréstimos caiu 6,8% para capital de giro e 3,8% para conta garantida.
A taxa média de juros para as famílias recuou 0,4 ponto percentual no mês, alcançando 45,7% ao ano. Para as empresas, os juros subiram 0,6 ponto, somando 31,4% ao ano.
E a taxa de inadimplência, considerando atrasos superiores a noventa dias, situou-se em 5,2%, refletindo aumentos de 0,1 ponto no mês e de 0,3 pontos em 12 meses.
Fonte: Brasil Econômico
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