Bolsas norte-americanas devolvem perdas da véspera e avançam mais de 3,5%
SÃO PAULO - Em movimento de ajuste às fortes perdas registradas na véspera, os principais índices de ações dos Estados Unidos operam com fortes valorizações de mais de 3,5% na tarde desta quinta-feira (11). O mercado digere a divulgação de números do mercado de trabalho norte-americano, os quais vieram melhores do que o esperado, ofuscando a decepção diante de um déficit maior que o previsto na balança comercial do país em junho.
O índice Nasdaq Composite, que concentra as ações de tecnologia, opera em forte valorização de 4,08% e atinge 2.478 pontos. O S&P 500, que engloba as 500 principais empresas dos EUA, negocia em forte alta de 4,02% a 1.166 pontos, enquanto o Dow Jones, que mede o desempenho das 30 principais blue chips norte-americanas, sobe 3,65%, chegando a 11.111 pontos.
Bancos puxam ganhos
No front corporativo, os bancos seguem puxando os ganhos nas bolsas de Wall Street, em especial o Bank of America Merrill Lynch, cujas ações operam em forte alta de 6,79%, Goldman Sachs (+6,62%) e Morgan Stanley (+6,96%).
Outras ações que registram fortes ganhos nesta quinta são as da Capital One, que sobem 5,6%, após o Wells Fargo ter aumentado sua recomendação para a companhia de market perform (desempenho em linha com a média do mercado) para outperform (desempenho acima da média do mercado).
Por fim, as ações da Exxon Mobil, que voltaram a operar há pouco depois de suas negociações terem sido interrompidas por terem atingido uma alta siginificativa pela manhã, agora operam com ganhos de 4,57%. Já os papéis da Cisco avançam 16%, após a companhia ter divulgado lucro líquido e receitas acima das expectativas no segundo trimestre deste ano.
Mercado de trabalho anima
Os dados divulgados pelo Departamento de Trabalho dos EUA nesta sessão surpreenderam positivamente os investidores, trazendo um alívio momentâneo em relação à situação econômica do país, uma vez que o Initial Claims registrou um total de 395 mil novos pedidos de auxílio desemprego na semana até 6 de agosto, frente às projeções que giravam em torno de 409 mil solicitações. Os números também vieram abaixo dos 402 mil pedidos reportados na semana anterior.
Por outro lado, o déficit na balança comercial dos Estados Unidos, de US$ 53,1 bilhões em junho, avançou em relação ao mês anterior, quando atingiu a marca de US$ 50,8 bilhões e ficou acima das projeções dos analistas, de US$ 48 bilhões.
Europa também em foco
Além disso, rumores sobre o corte do rating francês, na quarta-feira (10), colocaram a Zona do Euro em foco e ecoaram entre os investidores, deixando-os temerosos acerca do contágio das principais economias do grupo e uma deterioração da crise na Zona do Euro. Entretanto, Fitch, S&P e Moody's reiteraram a nota AAA para a capacidade de pagamento da dívida da França.
Ainda no velho continente, também repercutiu a notícia de que o presidente da França, Nicolas Sarkozy, e a chanceler alemã, Angela Merkel, deverão se encontrar na próxima terça-feira (16) para discutir a situação econômica da Zona do Euro e as governanças políticas da reunião, bem como outros assuntos internacionais.
O mercado segue levantando rumores de que a autoridade francesa deverá anunciar a proibição de operações "short-selling", assim como a Alemanha já fez. Outro país que também deve proibir tais operações é a Itália, segundo agências internacionais.
Confira as cotações dos principais índices de Wall Street nesta tarde:
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Fonte: InfoMoney
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