SÃO PAULO – O Ibovespa reverteu o ganho do início da sessão e opera com forte queda de 1,13%, acompanhando o desempenho das bolsas de Wall Street, que mais um vez veem seus índices reduzidos por conta das incertezas em relação à aprovação da dívida soberana no país.

Balanços corporativos: Pão de Açúcar

Os ativos do Pão de Açúcar (PCAR4, R$ 65,25, -1,58%) recuam na sessão. A companhia anunciou na noite da véspera seus resultados referentes ao segundo trimestre de 2011, quando obteve receita líquida consolidada de R$ 11,269 bilhões. Já o Ebitda (Geração operacional de caixa) atingiu R$ 641,2 milhões, uma expansão de 66,3% frente ao obtido no mesmo período de 2010. Os resultados vieram após um período de muito polêmica, envolvendo uma possível fusão com o Carrefour no Brasil.

Comgás
Também entre os resultados trimestrais, a Comgás (CGAS3,R$ 36,00, -2,70%, CGAS5, R$ 39,70, -0,38%) anunciou um lucro líquido de R$ 92,34 milhões, o que representa um recuo de 39,2% se comparado aos R$ 151,99 milhões anunciados no segundo trimestre de 2010.

Já no primeiro semestre deste ano, a empresa registrou lucro líquido de R$ 160,58 milhões, valor 39,2% inferior ao mesmo perído de 2010, quando a companhia atingiu um lucro de R$ 264,32 milhões.

Petrobras
Enquanto isso, a Petrobras (PETR3, R$ 26,41, +1,34%, PETR4, R$ 26,70, +0,85%) mantém as altas registradas na véspera, quando as ações da companhia avançaram mais de 2%, após anunciar que vendeu 8,1 milhões de m³/dia de gás natural em leilão eletrônico, para fornecimento no período de agosto a novembro de 2011.

Nesta sessão, a companhia anunciou ainda que vendeu 8,1 milhões de m3/dia de gás natural em leilão eletrônico realizado na última segunda. Segundo a empresa, o volume negociado foi 4% maior do que na última oferta.

Oi
Por fim, a Oi (TNLP4, R$ 45,90, -0,24%) anunciou que elaborou projeto para utilizar telefones públicos – os “orelhões” – como pontos de acesso para internet sem fio, a qual poderia ser gratuita ou paga, por meio de cartões com senhas para acesso, informou a Folha de S. Paulo.

Notíciários dão o tom à sessão
Mais uma vez as incertezas em relação à aprovação do teto da dívida nos Estados Unidos pressionam o mercado à medida que se aprocima a data-limite - 2 de agosto - para a aprovação do aumento do limite de endividamento no país.

No entanto, o impasse entre republicanos que ainda demonstram discordância em pontos cruciais para a elevação do limite da dívida soberana dos EUA. Os republicanos não concordam com um aumento de impostos pagos pelas grandes corporações e setores mais ricos do país defendido pelos democratas, além de defendem um aumento em duas fases do teto da dívida.

Na véspera, republicanos e democratas voltaram a demonstrar discordância e o presidente dos EUA, Barack Obama, fez um discurso televisionado com a intenção de mobilizar os cidadãos para que o pacote sugerido pelos democratas seja aprovado o quanto antes. Obama frisou que a falha em aumentar o limite da dívida soberana do país traria graves consequências à nação.

Por outro lado, os resultados na Europa trouxeram decepção a investidores, com destaque para a UBS, que, além de registrar queda de 49% do lucro líquido, anunciou a revisão de sua estratégia e revelou ter sido impactado negativamente pelas exigências regulatórias mais rígidas.

Indicadores econômicos
Entre os indicadores relevantes para a sessão, nos Estados Unidos, o número de casas novas vendidas nos EUA em junho ficou abaixo do esperado pelo mercado, conforme dadps divulgados pelo Departamento de Comércio dos EUA nesta terça, enquanto, por outro lado, a confiança do consumidor norte-americano, medida pela Conference Board, foi superior à esperada no mês de julho.  O Consumer Confidence indicou 59,5 pontos no mês, superando as expectativas do mercado, que indicavam 56 pontos.

Fonte: InfoMoney