Preocupação com Estados Unidos deprime bolsas na Ásia

As principais bolsas da Ásia encerraram o pregão desta quinta-feira em queda, refletindo o impasse sobre o acordo para elevar o teto da dívida dos EUA e o recuo inesperado no número de pedidos de bens duráveis.

Ao final desta jornada, em Taiwan, o referencial TSEC Weighted Index teve desvalorização de 0,57% aos 8.767 pontos; na Coreia do Sul, o referencial KOSPI Composite, da bolsa de Seul, perdeu 0,85% aos 2.155 pontos; na China, o índice SSE Composite, da bolsa de Xangai, desvalorizou 0,14% aos 1.189 pontos; na Índia, o índice BSE Sensex, da bolsa de Bombai, fechou em queda de 1,21% aos 18.209 pontos; no Japão, o referencial Nikkei 225 da bolsa de Tóquio recuou 1,45% aos 9.901 pontos; e em Hong Kong, o principal indicador, o Hang Seng, encerrou esta jornada em alta de 0,13%, aos 22.570 pontos.

Na agenda asiática, as vendas no varejo japonês subiram 1,1% em junho na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o primeiro resultado positivo em quatro meses, informou o Ministério da Economia, Comércio e Indústria.

A alta veio acima da previsão média do mercado, que esperava um avanço anual de 0,5%. O dado de maio não foi revisado, mantendo queda de 1,3%

Nos Estados Unidos, na última quarta-feira, o presidente da agência de avaliação de riscos Standard & Poor's, Deven Sharma, declarou perante o Congresso que acredita que os Estados Unidos evitarão a moratória de pagamentos e que, na realidade, o maior risco para o país é a dívida a longo prazo.

A audiência tinha sido convocada com adiantamento para avaliar o funcionamento das agências de classificação de risco após a iniciada da reforma financeira, mas a crise da dívida dos EUA foi um dos assuntos que dominaram a reunião.

Embora tenha sido pressionado pelos legisladores sobre a viabilidade dos planos paralelos sobre a mesa para reduzir o déficit, Sharma assegurou que, por enquanto, os analistas preferem analisar um acordo final perante qualificar a dívida americana.

Na agenda econômica de ontem, nos Estados Unidos, as novas encomendas às indústrias nos Estados Unidos (Durable Good Orders) recuaram em US$ 4 bilhões ou 2,1% em junho, para US$ 192 bilhões, informou  nesta manhã o Departamento do Comércio norte-americano.

O resultado supreende negativamente o mercado que aguardava um depreciação mais branda de 1,9%.


Fonte: Último Instante