Mundial: queda das ações não deve afetar estratégia da bolsa de atrair investidores
SÃO PAULO – Quedas muito bruscas no valor de ações como a que ocorreu com os papéis da Mundial (MNDL3; MNDL4) na última semana - quando perderam mais de 80% de valor de mercado em apenas três dias -, podem assustar os investidores e até fazer com que alguns considerem sair definitivamente do mercado de ações.
Para se ter uma ideia, o papel PN da companhia acumulava valorização de 1.651% no ano até o dia 19 de julho, mas nos últimos três pregões da semana passada obteve uma queda de 86,50%, despencando de R$ 5,11 para R$ 0,69. Com as ações ordinárias, a queda foi ainda mais sentida, com sua cotação passando de R$ 7,01 para R$ 0,94 no mesmo período - desvalorização de 86,59% -, após terem subido 2.799% no ano (até o dia 19 de julho).
Para se ter uma ideia, o papel PN da companhia acumulava valorização de 1.651% no ano até o dia 19 de julho, mas nos últimos três pregões da semana passada obteve uma queda de 86,50%, despencando de R$ 5,11 para R$ 0,69. Com as ações ordinárias, a queda foi ainda mais sentida, com sua cotação passando de R$ 7,01 para R$ 0,94 no mesmo período - desvalorização de 86,59% -, após terem subido 2.799% no ano (até o dia 19 de julho).
Este fato suscita o questionamento de se eventos como este podem atrapalhar a meta da BM&F Bovespa (BVMF3) de contar com 5 milhões de investidores cadastrados até 2015, tendo em vista que muitas das pessoas que perderam dinheiro nessa semana com a Mundial pode vir a se afastar da bolsa.
Contudo, na opinião do analista, José Góes, esse tipo de evento isolado não deve afetar o plano de crescimento do número de pessoas físicas cadastradas da BM&F Bovespa, uma vez que o foco da bolsa é inserir pessoas que ainda começarão a aplicar, as quais devem ser orientadas e irão procurar por papéis de primeira linha, com fundamentos mais sólidos.
“Este fato pode afastar da bolsa aqueles menos familiarizados com o mercado de ações, que entraram com o preço do papel lá em cima e tiveram perdas consideráveis, mas não deve ser nada relevante na base de investidores, até porque normalmente quem opera esse tipo de papel com grande volatilidade são agentes mais qualificados do mercado, que sabem como lidar nessas situações e não vão sair correndo da bolsa”, afirma Góes.
Desempenho da bolsa é o carro-chefe
O analista ainda constata que o desempenho da bolsa de uma forma geral é que deve pautar o crescimento do número de pessoas físicas cadastradas na custódia da BM&FBovespa. “O aumento da base de investidores depende muito mais do desempenho da bolsa ao longo dos anos", destaca Goés.
Nesse sentido, o mercado não tem colaborado muito para a estratégia da BM&F Bovespa, como podemos ver pelo desempenho em 2011 do Ibovespa, principal índice de ações da bolsa brasileira, que até a última segunda-feira (25) acumulava perdas de 13,47%, após já ter fechado praticamente no "zero-a-zero" em 2010.
"O fato do Ibovespa não conseguir renovar sua máxima histórica desde maio de 2008 é mais preocupante que um movimento como esse das ações da Mundial”, conclui Góes, lembrando da máxima alcançada pelo benchmark no dia 20 daquele mês, quando bateu a marca de 73.516 pontos
Contudo, na opinião do analista, José Góes, esse tipo de evento isolado não deve afetar o plano de crescimento do número de pessoas físicas cadastradas da BM&F Bovespa, uma vez que o foco da bolsa é inserir pessoas que ainda começarão a aplicar, as quais devem ser orientadas e irão procurar por papéis de primeira linha, com fundamentos mais sólidos.
“Este fato pode afastar da bolsa aqueles menos familiarizados com o mercado de ações, que entraram com o preço do papel lá em cima e tiveram perdas consideráveis, mas não deve ser nada relevante na base de investidores, até porque normalmente quem opera esse tipo de papel com grande volatilidade são agentes mais qualificados do mercado, que sabem como lidar nessas situações e não vão sair correndo da bolsa”, afirma Góes.
Desempenho da bolsa é o carro-chefe
O analista ainda constata que o desempenho da bolsa de uma forma geral é que deve pautar o crescimento do número de pessoas físicas cadastradas na custódia da BM&FBovespa. “O aumento da base de investidores depende muito mais do desempenho da bolsa ao longo dos anos", destaca Goés.
Nesse sentido, o mercado não tem colaborado muito para a estratégia da BM&F Bovespa, como podemos ver pelo desempenho em 2011 do Ibovespa, principal índice de ações da bolsa brasileira, que até a última segunda-feira (25) acumulava perdas de 13,47%, após já ter fechado praticamente no "zero-a-zero" em 2010.
"O fato do Ibovespa não conseguir renovar sua máxima histórica desde maio de 2008 é mais preocupante que um movimento como esse das ações da Mundial”, conclui Góes, lembrando da máxima alcançada pelo benchmark no dia 20 daquele mês, quando bateu a marca de 73.516 pontos