Ibovespa segue recuando frente a revés no mercado de trabalho dos EUA

SÃO PAULO - O Ibovespa apresenta baixa de 1,18% no início da tarde desta sexta-feira (8) e atinge 61.474 pontos com volume financeiro de R$ 1,632 bilhão. 

Afetado por forte decepção do mercado com o relatório mensal de emprego norte-americano, o principal índice da bolsa brasileira registra queda desde a abertura, a exemplo do que ocorre em Wall Street. 

Em junho, foram abertas apenas 18 mil vagas no mercado norte-americano, muito abaixo da expectativa de 84 mil postos, murchando as perspectivas de melhora no ritmo de recuperação da maior economia do planeta.

Por aqui, o revés ofusca até mesmo dados positivos da inflação que indicam novo arrefecimento dos preços. Logo cedo, o IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor Semanal) indicou recuo de 0,11% na primeira leitura de julho.

Altas e baixas
O principal destaque negativo fica com as ações Hypermarcas (HYPE3), que registram desvalorização de 2,95% e são cotadas a R$ 13,48. Com essa variação, a baixa acumulada desde o início do ano chega a 39,82%, que em grande parte pode ser atribuída à pressão oriunda da mudança de estratégia da empresa há alguns meses.

 Por outro lado, o melhor desempenho fica com os papéis Cesp (CESP6), que são cotados a R$ 32,40 e apresentam forte alta de 3,18%. O setor energético entra na pauta com o aumento da fatia da Cemig (CMIG4) junto à Light (LIGT3), que agora chega a cerca de 52% após aquisição realizada através de controlada.

As maiores baixas dentre as ações que compõem o Ibovespa são:










As maiores altas dentre as ações que compõem o Ibovespa são:



Bolsas internacionais
Nos EUA, os principais índices acionários recuam até o momento, com o desapontamento dos investidores com os dados do mercado de trabalho reportados pelo Departamento de Trabalho dos Estados Unidos antes mesmo da abertura das bolsas.

Enquanto isso, na Europa, o clima não é diferente e os principais índices de ações europeus registram trajetória negativa, uma vez que o mercado de trabalho norte-americano vem sendo considerado fundamental dentro do contexto de recuperação da maior economia do mundo.

Por outro lado, o mercado deixa em segundo plano a crise grega no final desta semana, embora tudo indique que a solução final, tanto para o país quanto para a periferia do euro, ainda está distante.

Juros e câmbio
As principais taxas de contratos de juros futuros operam no terreno da instabilidade, com leve queda nos contratos mais longos neste início de tarde na BM&F, com agentes atentos e apreensivos com os desdobramentos dos índices desanimadores da economia norte-americana.

Por fim, o dólar comercial opera no campo positivo, cotado a R$ 1,5650 na venda, alta de 0,51% na comparação com o último fechamento. Apesar da variação desta sexta-feira, a moeda norte-americana registra queda de 0,13% neste mês de julho e uma desvalorização de 6,37% desde o início do ano.

Fonte: InfoMoney