SÃO PAULO - O Ibovespa apresenta baixa de 0,67% no início da tarde desta segunda-feira (18), atingindo 59.078 pontos e volume financeiro de R$ 3,946 bilhões, mantendo-se na banda negativa do gráfico desde a abertura.

Com poucas referências domésticas, o principal índice da bolsa brasileira acompanha de perto a trajetória observada em Wall Street, que segue pressionada na medida em que se aproxima a data limite, dois de agosto, para que o congresso norte-americano aprove o aumento do limite de endividamento do país.

Frente ao risco de deterioração fiscal, é visível a tensão do mercado ao redor da maior economia do planeta, que ainda luta para consolidar sua recuperação econômica, e por isso, a questão do endividamento torna-se ainda mais crucial neste momento.

Por aqui, investidores importam o clima externo e combinam-no com novos dados divulgados pelo Relatório Focus para calibrar a trajetória da bolsa brasileira.

Nesta manhã, o relatório Focus do Banco Central apontou que as principais taxas tiveram suas expectativas mantidas em relação ao relatório da última semana, com destaque para o IPCA (Índice de Preço ao Consumidor Amplo), mantido em 0,20% e a taxa Selic, em 12,50% ao ano.

Altas e baixas
O principal destaque negativo fica com as ações da Lojas Americanas (LAME4), que registram desvalorização de 3,76% e são cotadas a R$ 13,04. Com essa variação, a baixa acumulada desde o início do ano chega a -12,71%.

Dentre as small caps, a Mundial (MNDL4) é novamente destaque de alta, desta vez com +8,99%, após a empresa anunciar novo acordo para garantir a subscrição de ações emitidas nos próximos dois anos em até US$ 50 milhões.

Por outro lado, o melhor desempenho fica com os papéis da Telemar (TMAR5), que são cotados a R$ 47,05 e apresentam alta de 2,30%, acompanhados por Telesp (TLLP4) com +1,66%.

As maiores baixas dentre as ações que compõem o Ibovespa são:

As maiores altas dentre as ações que compõem o Ibovespa são:

Bolsas internacionais
Nos EUA, os principais índices acionários registram queda no início desta tarde. Além das questões citadas acima, os investidores estão em compasso de espera pela divulgação de mais resultados corporativos, como IBM e Mosaic, que apresentarão números após o fechamento do pregão.

Enquanto isso, na Europa, as bolsas também recuam neste início de semana que representa o primeiro pregão após o resultado do teste de estresse de bancos da região.

Na última sexta-feira, a EBA (European Banking Authority) informou que oito dos 90 bancos analisados não passaram nos testes de estresse do sistema financeiro de 21 países da União Europeia. Entre os reprovados estão cinco bancos espanhóis, dois gregos e um austríaco.

Juros e câmbio
As taxas dos principais contratos de juros futuros operam em tendência de queda até o momento. O destaque da semana é a reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), que acontecerá na próxima quarta-feira, mas a grande expectativa é saber o que acontecerá no próximo encontro em agosto.

Por fim, o dólar comercial segue cotado a R$ R$ 1,5840 na venda, alta de 0,38%. Apesar da variação, a moeda norte-americana registra queda de 0,38% neste mês de julho e uma desvalorização de 4,99% desde o início do ano.

Fonte: InfoMoney