FECHAMENTO: Divida dos EUA e novo rebaixamento grego derrubam mercados globais; Dólar retoma menor resultado desde 1999
O impasse sobre o acordo para elevar o teto da dívida norte-americana pautou o desempenho dos mercados globais, que nesta segunda-feira encerraram a jornada em queda, refletindo a preocupação dos investidores com o avanço da economia do país.
Protagonizando mais um capítulo deste imbróglio, no último domingo terminou sem acordo uma reunião extraordinária encerrada no Congresso dos EUA entre os líderes democratas e o presidente do país.
Após o evento, o republicano John Boehner, presidente da Câmara, afirmou aos membros de seu partido que irá pressionar para que seu plano de elevar o teto da dívida em duas fases seja aprovado. Barack Obama já havia sinalizado anteriormente sua desaprovação com a proposta, pois acredita que a medida não será suficiente para dar segurança aos mercados.
Nesta tarde, em mais uma entrevista coletiva na Casa Branca, Obama afirmou que apenas cortes de gastos não resolverão os problemas de déficit do país. Na última semana o presidente havia acusado os republicanos de dificultar o encontro de uma solução para o problema.
Obama afirmou também que a maioria dos americanos concordam com sua opinião de que para reduzir o déficit dos EUA é necessário aumentar a receita ou os impostos cobrados no país.
Elevando ainda mais a volatilidade que ronda os mercados globais, a agência de classificação Moody's anunciou nesta segunda-feira que rebaixou em três níveis o rating de crédito da Grécia, de Ca para Caa1, sob a justificativa de que o pacote de ajuda aprovado pela União Europeia na última semana implicará em "substanciais perdas econômicas" para os credores privados do país.
No campo das matérias-primas, o preço do barril do Brent para entrega em setembro perdeu 0,61%, cotado a US$ 117,94 na Bolsa Intercontinental de Futuros de Londres (ICE Futures). Os contratos de futuros do Petróleo Intermediários do Texas (WTI leve) com vencimento em setembro fecharam com desvalorização de 0,67%, cotados a US$ 99,2 por barril.
No mercado asiático, as principais bolsas da Ásia encerraram o pregão desta segunda-feira em queda, refletindo a preocupação dos investidores com o impasse quanto à aprovação do acordo para elevar o teto da dívida dos EUA, afetando a expectativa de recuperação da economia global.
Outro fator que deprimiu os mercados locais foi o rebaixamento do rating da Grécia pela agência Moody's.
Ao final desta jornada, em Taiwan, o referencial TSEC Weighted Index teve desvalorização de 0,93% aos 8.683 pontos; na Coreia do Sul, o referencial KOSPI Composite, da bolsa de Seul, perdeu 0,96% aos 2.150 pontos; na China, o índice SSE Composite, da bolsa de Xangai, desvalorizou 2,96% aos 2.688 pontos; na Índia, o índice BSE Sensex, da bolsa de Bombai, fechou em alta de 0,80% aos 18.871 pontos; no Japão, o referencial Nikkei 225 da bolsa de Tóquio recuou 0,81% aos 10.050 pontos; e em Hong Kong, o principal indicador, o Hang Seng, encerrou esta jornada em queda de 0,68%, aos 22.293 pontos.
Na agenda local não houve a divulgação de indicadores econômicos.
No Velho Continente, os mercados encerraram o pregão desta segunda-feira em queda, refletindo a preocupação dos investidores com a não-aprovação, neste final de semana, de um acordo para elevar o teto da dívida norte-americana. Com o resultado, os índices locais encerraram uma série de quatro ganhos seguidos.
Ao final desta jornada, em Londres, o índice FTSE-100 recuou 0,16% aos 5.925 pontos; em Frankfurt, o índice DAX 30 subiu 0,25%, aos 7.344 pontos; em Paris, o índice CAC-40 recuou 0,77%, aos 3.812 pontos; Em Madri, o índice Ibex 35 teve alta de 1,92%, aos 9.866 pontos e em Milão, o índice FTSE-MIB desvalorizou 2,48%, aos 18.979 pontos.
Na agenda local, não houve a divulgação de indicadores econômicos. Contudo, nesta manhã, a agência de classificação Moody's cortou a classificação de crédito da Grécia de Ca para Caa1, sob a justificatica de que o pacote de ajuda aprovado pela União Europeia implicará "substanciais perdas econômicas" para os credores privados do país.
Em Wall Street, o índice industrial Dow Jones caiu 0,70% aos 12.592 pontos. O S&P 500 recuou 0,56% para 1.337 pontos; e a bolsa eletrônica Nasdaq perdeu 0,56% aos 2.842 pontos.
Na agenda local, o índice de atividade industrial do Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) de Chicago (CFNA, na sigla em inglês) caiu para -0,46 em junho, ante 0,55 em maio. O índice segue negativo pelo terceiro mês consecutivo.
Já o índice da atividade manufatureira de Dallas subiu para 10,8 pontos em julho, ante 5,6 pontos registrados em junho, segundo informações do Federal Reserve da cidade (Fed, o banco central norte-americano).
As projeções do mercado previam queda para 7,2 pontos neste mês (previsão Gradual Investimentos).
O índice que mede a produção passou de 5,6 pontos em junho, para 10,8 pontos neste mês, enquanto que a capacidade utilizada das indústrias foi de -0,8 pontos para 0,6 pontos.
Por aqui, em linha com os demais mercados, a Bolsa de Valores de São Paulo encerrou o pregão desta segunda-feira em queda de 0,50% aos 59,970 pontos, revertendo o movimento positivo do último pregão. O giro financeiro foi de R$ 4,43 bilhões.
No mercado de câmbio, o dólar comercial encerrou os negócios desta segunda-feira em baixa pelo sexto dia. No interbancário, a divisa terminou cotada a R$ 1,542 na compra e R$ 1,543 na venda, queda de 0,75%, renovando o menor patamar desde 1999.
Ao final dos negócios, o Banco Central (BC) voltou a interferir no mercado, realizando três leilões no mercado à vista. No primeiro, perto das 12h, a moeda foi arrematada por R$ 1,543. Perto do fechamento, autoridade monetária realizou dois leilões seguidos, um a uma taxa de corte de R$ 1,5420 e o outro a R$ 1,5424.
Na renda fixa, os Contratos de Depósito Interfinanceiros (DIs) encerraram as operações desta segunda-feira em forte alta na BM&F, com elevação em toda a curva de juros.
Momentos antes do fechamento, os contratos para agosto de 2011, janeiro de 2012 e janeiro de 2013 subiam 0,01 p.p, a 12,41%, 12,48% e 12,69%, respectivamente; os vencimentos para janeiro de 2014 subiam 0,03 p.p a 12,75%; os contratos para janeiro de 2017 tinham alta de 0,07 p.p a 12,56% e os contratos com vencimento para janeiro de 2021 ganhavam 0,05 p.p a 12,35%.
Por aqui, o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) terminou a terceira semana de julho com deflação de 0,11%, 0,02 p.p. acima da taxa registrada na última divulgação, de alta de 0,02%. Os dados são da Fundação Getulio Vargas (FGV).
A projeção para o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe), permaneceu em 5,57%, neste ano, e em 4,80%, em 2012.
A estimativa para o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) caiu de 5,72% para 5,65%, neste ano, e passou de 5% para 5,04% em 2012. No caso do Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), neste ano, a estimativa passou de 5,81% para 5,75%, em 2011, e se manteve estável em 5,01%, no próximo ano.
Os especialistas ouvidos pelo Banco Central (BC) para composição do Boletim Focus, em 15 de julho, continuam esperando que a taxa básica de juros (Selic) fique em 12,75% em 2011.
Na última reunião de 2011, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu aumentar os juros em 0,25 p.p., para 12,50% ao ano. Para 2012, a taxa média dos juros também se manteve em 12,75%.
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