Falta de acordo com dívida dos EUA divide mercados na Ásia

As principais bolsas da Ásia encerraram o pregão desta quarta-feira sem uma direção única, puxadas negativamente pelo recuo de papéis do setor exportador e financeiro, prejudicados com o impasse sobre o aumento no teto da dívida norte-americana.

Ao final desta jornada, em Taiwan, o referencial TSEC Weighted Index teve valorização de 0,26% aos 8.817 pontos; na Coreia do Sul, o referencial KOSPI Composite, da bolsa de Seul, ganhou 0,26% aos 2.174 pontos; na China, o índice SSE Composite, da bolsa de Xangai, valorizou 1,67% aos 1.190 pontos; na Índia, o índice BSE Sensex, da bolsa de Bombai, fechou em queda de 0,46% aos 18.432 pontos; no Japão, o referencial Nikkei 225 da bolsa de Tóquio recuou 0,50% aos 10.047 pontos; e em Hong Kong, o principal indicador, o Hang Seng, encerrou esta jornada em queda de 0,13%, aos 22.541 pontos.

No campo corporativo, o destaque ficou por conta das ações da Samsung Electronics (-0,54%) e da Mitsubish Financial Group (-0,73%).

Na agenda asiática, a economia da Coreia do Sul registrou avanço de 0,8% no segundo trimestre do ano, ante o trimestre anterior por conta de um recuo nas exportações, afetadas com as crescentes incertezas externas. Este foi o menor crescimento desde o quarto trimestre de 2010, quando o Produto Interno Bruto (PIB) avançou 0,5%. Na comparação anual,  a economia sul-coreana cresceu 3,4%.

O ministério das Finanças manifestou em nota que as exportações, que representam cerca de 50% da economia do país, cresceram 1,8% no segundo trimestre, ante avanço de 3,3% no trimestre anterior, impactada pela crise fiscal na Europa e um possível downgrade dos Estados Unidos.

Nos Estados Unidos, a Câmara de Representantes dos Estados Unidos adiou para quinta-feira a votação do plano republicano para aumentar o teto da dívida, depois de o Escritório de Orçamento do Congresso ter indicado que sua proposta para reduzir o déficit não alcança o objetivo de US$ 1,2 trilhão de economia.

Fontes republicanas tinham antecipado que o plano poderia ser submetido à votação na quarta-feira, mas agora o presidente da Câmara de Representantes, o republicano John Boehner, terá que revisar sua proposta.

O Escritório de Orçamento do Congresso, que analisa o custo dos projetos de lei, advertiu que a primeira fase do plano de Boehner, que reduziria algumas despesas para obter uma economia de US$ 1,2 trilhão, não alcança a meta de cortes fiscais previstos por US$ 150 bilhões.

Fonte: Último Instante