DIs acumulam prêmios na BM&F com alta na aversão ao risco

27 de julho de 2011 - Os Contratos de Depósito Interfinanceiros (DIs) operam em alta na BM&F. O que se via era estabilidade na ponta mais curta e elevação na ponta mais longa da curva dos juros.

Há pouco, os contratos para agosto de 2011 e janeiro de 2012 e janeiro de 2013 ganhavam 0,01 p.p a 12,41%, 12,48% e 12,68%, respectivamente; os vencimentos para janeiro de 2014 subiam 0,03 p.p a 12,75%; os contratos pra janeiro de 2017 tinham alta de 0,06 p.p a 12,62% e os vencimentos para janeiro de 2021 valorizavam 0,05 p.p a 12,41%.

Esse movimento, segundo o economista, Paulo Petrassi, vem refletindo a piora na aversão ao risco, elevada com a proximidade do vencimento da dívida dos Estados Unidos, em 2 de agosto, e a falta de um acordo entre os líderes do Congresso para elevá-la, impedindo que o país declare moratória.

Sobre a possibilidade de um calote norte-americano, o economista acredita que caso isso aconteça o mercado deve experimentar um forte avanço na curva dos juros, acompanhado de queda ainda mais intensa no índice Ibovespa.

Já sobre o impacto do IPC-Fipe divulgado nesta manhã sobre a curva dos juros, Petrassi acredita que este é mínimo, pois o foco das atenções dos investidores permanece sendo o desenrolar da crise dos EUA.

Por aqui, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), medido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), teve uma leve elevação, passando de 0,27% para 0,26% na terceira quadrissemana de julho. Dentre os componentes do índice, os grupos com variação mais forte foram habitação (0,32% ante 0,25%), transporte (0,26% ante 0,12%) e saúde (0,51% ante 0,34%). O grupo saúde apresentou a maior taxa 0,51% ante 0,34%.

Nos Estados Unidos, a Câmara de Representantes dos Estados Unidos adiou para quinta-feira a votação do plano republicano para aumentar o teto da dívida, depois de o Escritório de Orçamento do Congresso ter indicado que sua proposta para reduzir o déficit não alcança o objetivo de US$ 1,2 trilhão de economia.

Fontes republicanas tinham antecipado que o plano poderia ser submetido à votação na quarta-feira, mas agora o presidente da Câmara de Representantes, o republicano John Boehner, terá que revisar sua proposta.

O Escritório de Orçamento do Congresso, que analisa o custo dos projetos de lei, advertiu que a primeira fase do plano de Boehner, que reduziria algumas despesas para obter uma economia de US$ 1,2 trilhão, não alcança a meta de cortes fiscais previstos por US$ 150 bilhões.

Fonte: Último Instante