Bovespa perde 1,72% com mau humor global; dólar vale R$ 1,57
A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) opera nos mesmos níveis de preço do mês de junho de 2010. Os problemas da economia mundial reforçam a aversão ao risco entre investidores na rodada de negócios desta segunda-feira.
Um dos principais assuntos do dia é a preocupação com a crise italiana. A Bolsa italiana derrete cerca de 4%, com temores de que a atual gestão dispõe de pouca força política para implementar um programa de ajuste fiscal e reconquistar a confiança dos mercados.
O índice Ibovespa, que reflete os preços das ações mais negociadas, perde 1,72%, aos 60.453 pontos. O giro financeiro é de R$ 2 bilhões. Nos EUA, o índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, recua 1,13%.
O dólar comercial é negociado por R$ 1,579, em um avanço de 0,76%. A taxa de risco-país marca 167 pontos, número 6,36% acima da pontuação anterior.
O final de semana não trouxe notícias animadoras a respeito da economia mundial: a economia chinesa apontou uma inflação de 6,4% (taxa anual) em junho, a maior em três anos. Na semana passada, Pequim já havia anunciado medidas para conter a alta dos preços, com uma nova elevação dos juros.
Amanhã à noite, o governo chinês divulga o PIB do primeiro trimestre, o que deve elevar a cautela de investidores e analistas na jornada de hoje.
Ainda no front externo, as autoridades europeias convocaram uma reunião de hoje, para discutir o pacote de ajuda financeira à Grécia, mas também para discutir a problemática situação da Itália, terceira maior economia da zona do euro.
A crise política italiana desperta temores de que a gestão atual não tenha força política para implementar um programa de austeridade fiscal e ganhar a confiança dos investidores.
O mercado também acompanha de perto as discussões em torno a dívida federal nos EUA. O congresso americano precisa aprovar a elevação do limite máximo de endividamento, antes do início de agosto, para evitar um possível "default" do país (calote de pagamentos), ainda que temporário.
O presidente Barack Obama afirmou nesta segunda que os líderes partidários devem se encontrar diariamente até que um acordo sobre a dívida federal seja fechado.
E no front doméstico, o investidor na ponta de compra encontra poucos motivos para ânimo.
O boletim Focus, elaborado pelo Banco Central, mostrou que boa parte dos economistas voltou a elevar suas projeções para a inflação deste ano e de 2012. Para 2011, a taxa prevista para o IPCA passou de 6,15% ao ano para 6,31%. E para 2012, a projeção aumentou de 5,10% para 5,20%.
E no front doméstico, o investidor na ponta de compra encontra poucos motivos para ânimo.
O boletim Focus, elaborado pelo Banco Central, mostrou que boa parte dos economistas voltou a elevar suas projeções para a inflação deste ano e de 2012. Para 2011, a taxa prevista para o IPCA passou de 6,15% ao ano para 6,31%. E para 2012, a projeção aumentou de 5,10% para 5,20%.
Fonte: Folha
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