SÃO PAULO - Definitivamente, o tema emprego entra no centro do radar nesta sexta-feira (8), com grande ansiedade do mercado para o tradicional relatório mensal de emprego norte-americano, que a partir das 9H30 de Brasília apontará a quantas anda a recuperação da maior economia do planeta.

Até lá, os principais índices acionários, tanto da Europa quanto do pré-market de Wall Street, devem manter a trajetória de instabilidade observada por hora, com ligeiras oscilações entre a banda positiva e negativa dos gráficos.

Analistas projetam que a economia norte-americana tenha aberto 80 mil postos de trabalho em junho, superando com folga os 54 mil de maio, porém mantendo a taxa de desemprego em 9,1%, patamar considerado ainda alto para o país.

A última sessão pode ter servido como uma prévia favorável aos números positivos, haja vista o desempenho do indicador ADP Employment amplamente melhor do que esperado.

Toda cautela é pouca
Entretanto, o complexo processo de recuperação por que passa os EUA embute uma dose adicional de insegurança na expectativa sobre os números. Tendo como referência os relatórios de emprego dos últimos meses, quaisquer surpresas são possíveis.

Mesmo em segundo plano, a crise fiscal na periferia da Zona do Euro ainda paira como uma sombra para os mercados, mesmo sem agenda específica para esta sessão, e caso não haja alguma novidade por lá, especialmente sobre Grécia e Portugal, certamente haverá reflexos no mercado de ações.

Inflação sempre na pauta
Por aqui, o tema inflação segue em pauta com a divulgação do IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor Semanal), o qual, após recuar 0,18% em junho, indicou recuo de 0,11% na primeira leitura de julho.

Mesmo tendo relevância menor do que o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) divulgado na véspera, o índice deve ajudar a compor o humor dos investidores domésticos nesta sessão, ao lado da pesquisa industrial mensal de emprego e salário, que sai às 9H00.